Economia

Varoufakis prefere parar de pagar FMI a funcionários gregos

A Grécia deve pagar em junho de 1,5 bilhão de euros para o FMI e abonar os salários pagos aos funcionários públicos e as pensões para os aposentados gregos

O ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis, em Bruxelas: "Uma ruptura com os credores não está nos nossos planos", nem uma "troca" (Emmanuel Dunand/AFP)

O ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis, em Bruxelas: "Uma ruptura com os credores não está nos nossos planos", nem uma "troca" (Emmanuel Dunand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2015 às 09h01.

Atenas - O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, disse nesta segunda-feira preferir uma suspensão de pagamentos ao FMI do que não pagar os funcionários gregos ou os aposentados - embora considere que um acordo com os credores da Grécia esteja cada vez mais próximo.

"Eu acho que estamos perto de um acordo" com os credores, "talvez dentro de uma semana", disse o ministro durante entrevista ao canal grego Star.

"Uma ruptura com os credores não está nos nossos planos", nem uma "troca", acrescentou.

A Grécia deve pagar em junho de 1,5 bilhão de euros para o Fundo Monetário Internacional (FMI) e abonar os salários pagos aos funcionários públicos e as pensões para os aposentados gregos.

Neste contexto, Varoufakis considerou as pensões e os salários "sagrados", enquanto defendeu dar um calote no FMI, em vez de não pagar os salários.

No entanto, o responsável pelas Finanças grego estava confiante de que a Grécia "não chegaria ao ponto de ser incapaz de pagar o FMI" e criticou os credores por "não trazerem nada de novo para a mesa de negociações", ao contrário da Grécia.

Varoufakis também revelou uma das propostas apresentadas aos credores de Atenas para tentar arrecadar o IVA de maneira mais eficaz.

O governo grego planeja introduzir um IVA três pontos a mais para pagamentos em dinheiro em relação a pagamentos de cartão e unificar o IVA em torno de dois tipos.

Atualmente, o IVA na Grécia é de 23% com dois tipos reduzidos: 13% para alimentação, bebidas não alcoólicas, shows, restaurantes e cafés; e 6,5% para medicamentos, livros, jornais e hotéis.

Tensas negociações continuam sobre a reforma das pensões e do mercado de trabalho, explicou Varoufakis.

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