Varejo reforça aposta na Black Friday de olho no Natal
Varejistas brasileiros aproveitam a data para aumentar prazos das ofertas e estendê-las às lojas físicas, num esforço para antecipar parte das vendas de Natal
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 15h25.
São Paulo - Na véspera da quarta edição doméstica da Black Friday , que surgiu no Brasil nas vendas apenas pela Internet, varejistas se aproveitam da data para aumentar prazos das ofertas e estendê-las às lojas físicas, num esforço para antecipar parte das vendas de Natal .
A rede de móveis e eletrodomésticos Magazine Luiza vai oferecer descontos de até 70 por cento para mais de três mil produtos no site, buscando repetir a performance do ano anterior, quando o dia representou sozinho cerca de 20 por cento de suas vendas de novembro.
Além disso, as 740 filias das companhia participarão de um Bota Fora "edição Black Friday" até sábado, com descontos menores, de até 50 por cento, mas com condições de pagamento facilitadas para clientes com cartão da loja.
"Esta é uma ação muito especial porque já aquece os pontos de venda para o Natal", afirmou Douglas Matricardi, diretor de Operações do Magazine Luiza.
Outras grandes do setor adotaram iniciativas semelhantes: o Walmart fará promoções nas lojas físicas na quinta-feira, reservando as promoções online para a Black Friday, quando estima vendas até 10 vezes superiores às de um dia normal.
A Nova Pontocom, divisão de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar, mobilizará seus três sites no evento -- CasasBahia.com.br, Extra.com.br e Pontofrio.com. Ao mesmo tempo, os supermercados do Pão de Açúcar vão baixar os preços de produtos como bebidas e chocolates na sexta-feira.
Na avaliação do idealizador da Black Friday no país, Pedro Eugenio, a tendência é que o varejo tradicional participe cada vez mais do evento, com as empresas ampliando a janela de ofertas para conseguir atender a um público maior.
Nos Estados Unidos, onde a Black Friday se consolidou como maior evento anual de descontos do comércio varejista, isso já acontece, afirmou ele, em referência ao evento da última sexta-feira de novembro, após o feriado de Ação de Graças.
Entre grandes companhias que também vão participar da Black Friday em suas lojas físicas no Brasil, estão empresas como Fnac e Centauro, de artigos esportivos.
"O consumidor procura e as lojas sabem que precisam participar por causa da quantidade de clientes que vão às compras nesse dia", afirmou Eugenio.
"A gente vê a antecipação dos empregos temporários de Natal por causa da Black Friday, há toda uma cadeia se movimentando para essa data", acrescentou o executivo, que também é presidente do site Busca Descontos.
As perspectivas de crescimento do faturamento com a data ajudam a explicar o interesse. A empresa de pesquisas E-bit estima que o comércio eletrônico irá faturar 390 milhões de reais com o evento, alta de 60 por cento ante igual período de 2012, quando consumidores reclamaram da manipulação de preços para divulgação de descontos artificialmente maiores.
A estimativa de crescimento da entidade para o varejo online em 2013 é de 25 por cento.
Desta vez, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Camara-e.net, criou um Código de Ética para o evento prometendo suspender a utilização do seu selo "Black Friday Legal" das redes que desrespeitarem as regras. Fazem parte da iniciativa empresas como Netshoes e Ricardo Eletro.
Além disso, empresas sócias do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) se comprometeram com o Procon-SP a solucionar pontos críticos da edição de 2012, como falhas no serviço de atendimento e instabilidade nos sites. (Por Marcela Ayres)
São Paulo - Na véspera da quarta edição doméstica da Black Friday , que surgiu no Brasil nas vendas apenas pela Internet, varejistas se aproveitam da data para aumentar prazos das ofertas e estendê-las às lojas físicas, num esforço para antecipar parte das vendas de Natal .
A rede de móveis e eletrodomésticos Magazine Luiza vai oferecer descontos de até 70 por cento para mais de três mil produtos no site, buscando repetir a performance do ano anterior, quando o dia representou sozinho cerca de 20 por cento de suas vendas de novembro.
Além disso, as 740 filias das companhia participarão de um Bota Fora "edição Black Friday" até sábado, com descontos menores, de até 50 por cento, mas com condições de pagamento facilitadas para clientes com cartão da loja.
"Esta é uma ação muito especial porque já aquece os pontos de venda para o Natal", afirmou Douglas Matricardi, diretor de Operações do Magazine Luiza.
Outras grandes do setor adotaram iniciativas semelhantes: o Walmart fará promoções nas lojas físicas na quinta-feira, reservando as promoções online para a Black Friday, quando estima vendas até 10 vezes superiores às de um dia normal.
A Nova Pontocom, divisão de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar, mobilizará seus três sites no evento -- CasasBahia.com.br, Extra.com.br e Pontofrio.com. Ao mesmo tempo, os supermercados do Pão de Açúcar vão baixar os preços de produtos como bebidas e chocolates na sexta-feira.
Na avaliação do idealizador da Black Friday no país, Pedro Eugenio, a tendência é que o varejo tradicional participe cada vez mais do evento, com as empresas ampliando a janela de ofertas para conseguir atender a um público maior.
Nos Estados Unidos, onde a Black Friday se consolidou como maior evento anual de descontos do comércio varejista, isso já acontece, afirmou ele, em referência ao evento da última sexta-feira de novembro, após o feriado de Ação de Graças.
Entre grandes companhias que também vão participar da Black Friday em suas lojas físicas no Brasil, estão empresas como Fnac e Centauro, de artigos esportivos.
"O consumidor procura e as lojas sabem que precisam participar por causa da quantidade de clientes que vão às compras nesse dia", afirmou Eugenio.
"A gente vê a antecipação dos empregos temporários de Natal por causa da Black Friday, há toda uma cadeia se movimentando para essa data", acrescentou o executivo, que também é presidente do site Busca Descontos.
As perspectivas de crescimento do faturamento com a data ajudam a explicar o interesse. A empresa de pesquisas E-bit estima que o comércio eletrônico irá faturar 390 milhões de reais com o evento, alta de 60 por cento ante igual período de 2012, quando consumidores reclamaram da manipulação de preços para divulgação de descontos artificialmente maiores.
A estimativa de crescimento da entidade para o varejo online em 2013 é de 25 por cento.
Desta vez, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Camara-e.net, criou um Código de Ética para o evento prometendo suspender a utilização do seu selo "Black Friday Legal" das redes que desrespeitarem as regras. Fazem parte da iniciativa empresas como Netshoes e Ricardo Eletro.
Além disso, empresas sócias do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) se comprometeram com o Procon-SP a solucionar pontos críticos da edição de 2012, como falhas no serviço de atendimento e instabilidade nos sites. (Por Marcela Ayres)