Varejo de SP tem perdas de R$ 16 bilhões durante quarentena
De acordo com a FecomercioSP, a perda estimada representa 6% de todo o faturamento esperado para o setor este ano
Reuters
Publicado em 5 de junho de 2020 às 15h39.
Última atualização em 5 de junho de 2020 às 16h18.
O comércio varejista de São Paulo já contabiliza prejuízo de R$ 16 bilhões por conta do período de isolamento social, que levou ao fechamento dos estabelecimentos para conter a propagação do novo coronavírus .
O cálculo é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), levando em consideração 72 dias de quarentena até ontem (4).
Conforme a FecomercioSP, a perda estimada representa 6% de todo o faturamento esperado para o setor este ano. Já o prejuízo diário calculado é de cerca de R$ 220 milhões, o que significa, em média, 30% do total das vendas esperadas por dia.
Mesmo com a retomada gradual das atividades, o quadro ainda deve continuar complicado para o setor. A federação lembra que o tempo de funcionamento dos estabelecimentos poderá ser reduzido, somando-se ainda a um cenário econômico comprometido, que deve ser retomado lentamente.
Diante deste cenário, a FcomercioSP reforça a inviabilidade de os comerciantes arcarem com os custos de testes laboratoriais para covid-19, como apontado no decreto publicado pela Prefeitura de São Paulo.
"A FecomercioSP enviou ofício questionando o ônus da realização de testes laboratoriais para o coronavírus ao setor privado", diz. Conforme a federação, o empresariado já passa por uma crise sem precedentes e tem dificuldade de manter os negócios, principalmente no momento da retomada.
A entidade lembra que assim que o governo local informou que faria a reabertura gradual das atividades, a federação apresentou uma pauta de ações para a Prefeitura de São Paulo para a reabertura do comércio local, com sugestões de protocolos de saúde, higiene, regras de autorregulação, fiscalização, política de comunicação e proteção aos consumidores e funcionários. A proposta construída pela Entidade tomou como base as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).