Economia

Varejo de SP tem perdas de R$ 16 bilhões durante quarentena

De acordo com a FecomercioSP, a perda estimada representa 6% de todo o faturamento esperado para o setor este ano

Fila em frente loja no centro comercial de Campinas, interior de SP: mesmo com a retomada gradual das atividades, o quadro ainda deve continuar complicado para o setor (ROGÉRIO CAPELA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/Estadão Conteúdo)

Fila em frente loja no centro comercial de Campinas, interior de SP: mesmo com a retomada gradual das atividades, o quadro ainda deve continuar complicado para o setor (ROGÉRIO CAPELA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/Estadão Conteúdo)

R

Reuters

Publicado em 5 de junho de 2020 às 15h39.

Última atualização em 5 de junho de 2020 às 16h18.

O comércio varejista de São Paulo já contabiliza prejuízo de R$ 16 bilhões por conta do período de isolamento social, que levou ao fechamento dos estabelecimentos para conter a propagação do novo coronavírus.

O cálculo é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), levando em consideração 72 dias de quarentena até ontem (4).

Conforme a FecomercioSP, a perda estimada representa 6% de todo o faturamento esperado para o setor este ano. Já o prejuízo diário calculado é de cerca de R$ 220 milhões, o que significa, em média, 30% do total das vendas esperadas por dia.

Mesmo com a retomada gradual das atividades, o quadro ainda deve continuar complicado para o setor. A federação lembra que o tempo de funcionamento dos estabelecimentos poderá ser reduzido, somando-se ainda a um cenário econômico comprometido, que deve ser retomado lentamente.

Diante deste cenário, a FcomercioSP reforça a inviabilidade de os comerciantes arcarem com os custos de testes laboratoriais para covid-19, como apontado no decreto publicado pela Prefeitura de São Paulo.

"A FecomercioSP enviou ofício questionando o ônus da realização de testes laboratoriais para o coronavírus ao setor privado", diz. Conforme a federação, o empresariado já passa por uma crise sem precedentes e tem dificuldade de manter os negócios, principalmente no momento da retomada.

A entidade lembra que assim que o governo local informou que faria a reabertura gradual das atividades, a federação apresentou uma pauta de ações para a Prefeitura de São Paulo para a reabertura do comércio local, com sugestões de protocolos de saúde, higiene, regras de autorregulação, fiscalização, política de comunicação e proteção aos consumidores e funcionários. A proposta construída pela Entidade tomou como base as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Acompanhe tudo sobre:FecomércioCoronavírus

Mais de Economia

Por que as fusões entre empresas são difíceis no setor aéreo? CEO responde

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

Qual poltrona do avião dá mais lucro para a companhia aérea?

Balança comercial tem superávit de US$ 5,8 bi em novembro