Economia

Valorização do iuan não causará grande impacto, diz UBS

Segundo Klaus Wellershoff, economista-chefe do banco suíço, o mercado já está preparado para uma mudança cambial na China

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h12.

A situação da economia mundial está melhor do que muitos imaginam. A visão otimista é de Klaus Wellershoff, economista-chefe do banco suíço UBS, que veio ao Brasil fazer uma análise da economia mudnial a uma platéia de empresários, em São Paulo.

Wellershoff não vê indícios de uma crise aguda na economia no curto prazo. Nem mesmo a esperada valorização da moeda chinesa, o iuan, deverá causar grandes impactos. "Acredito que os investidores já estejam preparados para uma mudança cambial na China", diz Wellershoff. Segundo ele, o país asiático deverá postergar ao máximo a valorização da moeda, o que deve acontecer somente daqui a um ano e não em seis meses, como especulado pelo mercado.

O economista-chefe do UBS diz que o faturamento das empresas nunca esteve tão alto, o que ajuda a manter uma visão otimista sobre a economia. Como a disposição ao consumo continua positiva, sobretudo nos Estados Unidos, a tendência é de que a inflação suba um pouco mais, ainda que gradativamente. "Nesse cenário, a continuidade de alta nas taxas de juros é inevitável", diz o economista.

Outro ponto positivo é o fato de existir uma percepção clara entre os investidores de que os chamados países emergentes não são idênticos uns aos outros, diminuindo o risco das crises tipo "efeito domin", que atingiram os tigres asiáticos na década de 90. "É impossível falar em uma única economia latino-americana. Brasil, Chile e Argentina, por exemplo, estão em situações bem diferentes. Sempre digo que não se deve generalizar", diz Wellershoff.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Copom: mercado espera alta de 0,25 ponto percentual da Selic, mas diverge sobre tamanho do ciclo

MDIC quer ampliar Programa Reintegra a partir de 2025, diz Alckmin

Selic deve subir 0,25 ponto percentual e tamanho do ciclo depende dos EUA, diz economista da ARX

Lula sanciona projeto de desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia