Economia

Valor da produção agrícola deve aumentar 9,8% em 2013

A estimativa foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


	Agricultor mostra sementes de trigo: os produtos que puxaram o crescimento do VBP foram os que mais tiveram alta de preços em 2013.
 (Christopher Furlong/Getty Images)

Agricultor mostra sementes de trigo: os produtos que puxaram o crescimento do VBP foram os que mais tiveram alta de preços em 2013. (Christopher Furlong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2013 às 17h46.

Brasília – Impulsionado pelos aumentos nos preços do tomate e da batata, o Valor Bruto da Produção (VBP) das lavouras brasileiras deve somar R$ 271 bilhões em 2013, com alta de 9,8% em relação aos R$ 246,9 bilhões registrados em 2012. A estimativa foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O VBP mede a combinação entre preço e quantidade produzida, que se traduz no valor total produzido pela agricultura brasileira. De acordo com o ministério, é possível divulgar a estimativa agora porque a safra de grãos 2012/2013 está praticamente concluída e, além disso, as colheitas das lavouras de inverno e da segunda safra anual do milho não deverão afetar significativamente o resultado.

Os produtos que puxaram o crescimento do VBP foram os que mais tiveram alta de preços em 2013. O grande destaque é o tomate, cujo valor bruto da produção deverá aumentar 82,3%. Em seguida, vêm batata-inglesa (31%) e laranja (30,1%). O ministério estima que outros sete produtos terão crescimento expressivo: fumo (18,2%), soja (17,1%), milho (11,8%), feijão (10,3%), cana-de-açúcar (9,4%), banana (8,9%) e arroz (7,9%).

Em relação às regiões, as projeções indicam queda do VBP da Região Norte (-0,7%) e crescimento de 2,3% no Centro-Oeste; 9,7% no Nordeste; 14,1% no Sudeste; e 27% no Sul. De acordo com o Ministério da Agricultura, a expansão significativa no Sul e no Sudeste deve-se ao fraco desempenho dessas regiões no ano passado, e o crescimento menor no Nordeste foi provocado pelo impacto da seca, que afetou principalmente a produção de milho.

Para estimar o VBP, o Ministério da Agricultura cruzou os levantamentos da safra de março feitos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com os preços pagos aos produtores.

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