Economia

Vale vê 2015 difícil para ferro, mas preço não deve ser pior

Os preços de minério de ferro na China estão próximos de uma mínima de mais de cinco anos


	Vale: o minério de ferro responde pela maior parte das receitas da companhia
 (Gianluigi Guercia/AFP)

Vale: o minério de ferro responde pela maior parte das receitas da companhia (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 14h23.

Rio de Janeiro - A mineradora Vale avalia que o cenário de preços de minério de ferro em 2015 deve se manter difícil, mas provavelmente os preços não serão menores que os atuais, disse a jornalistas nesta terça-feira o diretor de ferrosos da companhia, Peter Poppinga.

Os preços de minério de ferro na China estão próximos de uma mínima de mais de cinco anos, com expansão da oferta das grandes mineradoras e um crescimento da demanda mais lento no mercado chinês.

Nesta terça-feira, o minério foi cotado a 68,10 dólares, perto dos 68 dólares/tonelada de 26 de novembro, quando foi atingido o menor patamar desde junho de 2009.

"2015 vai ser um ano difícil, mas é muito difícil prever como vai ser o preço, provavelmente não vai ser menos do que nós temos hoje", afirmou o executivo da maior produtora global de minério de ferro.

O minério de ferro responde pela maior parte das receitas da Vale, que tem na China seu principal cliente.

Ele destacou que no próximo ano ainda haverá nova oferta de minério de ferro entrando no mercado, mas são esperadas saídas de mineradoras de maior custo.

Poppinga disse também que a Vale espera um equilíbrio entre oferta e demanda de minério de ferro dentro de um ou dois anos, juntamente com a estabilização dos preços.

Segundo o executivo, a Vale tem suas previsões de preços de minério de ferro para 2015, mas elas são mantidas em sigilo.

O executivo lembrou que há uma capacidade de produção no mundo de 220 milhões de toneladas de minério que não é competitiva aos preços atuais.

Em 2014, entre 150 milhões e 160 milhões de toneladas deixaram o mercado, segundo o diretor, sendo que 100 milhões delas foram produzidas por mineradoras chinesas, conhecidas por terem altos custos de produção.

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