Funcionário dentro de um moinho para armazenamento de milho em Kalida, Ohio (Ty Wright/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2014 às 15h33.
Washington - A safra de milho dos Estados Unidos, embora ainda em patamar recorde, será ligeiramente menor que a expectativa do mercado, segundo dados do Departamento de Agricultura (USDA) divulgados nesta segunda-feira, potencialmente dando um impulso para os combalidos preços do cereal.
Os contratos futuros do milho negociados em Chicago subiam mais de 1 por cento por volta das 16h25 (horário de Brasília).
O USDA estimou a safra de milho do país em 14,407 bilhões de bushels, ante 14,475 bilhões do relatório de outubro. Operadores esperavam estimativa mais elevada, de 14,551 bilhões de bushels.
"Foi surpreendente ver a revisão para baixo da produção de milho. O mercado achava firmemente que um aumento aconteceria", afirmou o estrategista-chefe da Allendale, Rich Nelson.
O departamento projetou uma safra norte-americana de soja em recorde de 3,958 bilhões de bushels (115,54 milhões de toneladas), alta de pouco menos de 1 por cento ante previsão de outubro, e ligeiramente abaixo da projeção do mercado, de 3,967 bilhões.
Os futuros da soja foram pressionados pelos dados estáveis para os estoques finais dos EUA na temporada 14/15, em 450 milhões de bushels, que dispararam realização de lucros no mercado.
O governo dos EUA elevou suas previsões de processamento e exportações em 30 milhões de bushels, somadas, para absorver uma safra maior, uma notícia positiva para processadores e exportadores.
A safra dos EUA está em processo final de colheita.
Brasil
Em relação à safra brasileira de soja em 2014/15, que está em processo de plantio, o USDA manteve sua projeção de um recorde de 94 milhões de toneladas, deixando também sem alterações as projeções de exportações em 46,7 milhões de toneladas.
Dessa forma, com o ligeiro aumento da previsão de exportações dos EUA, de 46,27 milhões para 46,81 milhões de toneladas de soja, os norte-americanos voltariam a ocupar a liderança global em vendas externas da oleaginosa, após dois anos em que o Brasil liderou.
No caso de a safra brasileira ser confirmada por condições do tempo favoráveis, a produção poderia subir mais de 8 por cento ante os 86,7 milhões de toneladas de 13/14, quando a seca afetou a produção especialmente no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
O USDA ainda manteve estável a previsão de importação de soja pela China, maior importador global, em 74 milhões de toneladas, contra 70,36 milhões na temporada anterior.
Texto atualizado às 16h32min do mesmo dia, para adicionar mais informações.