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Unica vê alta de mais de 10% na produção de açúcar em 2010/11

CANBERRA (Reuters) - A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) estima que a produção de açúcar do Brasil vai saltar mais de 10 por cento em 2010/11, em meio a uma alta da produtividade e a uma esperada recuperação nos preços globais. Segundo Eduardo Leão de Sousa, diretor-executivo da Unica, a produção de cana do […]

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2010 às 11h55.

CANBERRA (Reuters) - A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) estima que a produção de açúcar do Brasil vai saltar mais de 10 por cento em 2010/11, em meio a uma alta da produtividade e a uma esperada recuperação nos preços globais.

"Deveremos ter pelo menos 140 quilos por tonelada de açúcar recuperável", disse ele em uma conferência de commodities na capital australiana nesta quarta-feira.

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Isso significaria um aumento de cerca de 8 por cento ante 2009/10, em que a taxa de açúcares totais recuperáveis está em torno de 130 quilos por tonelada. Até a primeira quinzena de fevereiro em 2009/10, o Brasil moeu 532,5 milhões de toneladas.

"Devemos também esperar um aumento da taxa de crescimento para açúcar e etanol que será maior do que a de cana, devido aos ganhos na produtividade que esperamos --deve ser muito mais de 10 por cento que esperamos para o crescimento da cana-de-açúcar", completou ele.

Os preços do açúcar têm enfrentado uma montanha-russa. Desde que atingiram uma máxima de 29 anos de 30,40 centavos de dólar em 1o de fevereiro, o açúcar bruto recuou 30,52 por cento.

Mas Sousa, repetindo outros panoramas altistas apresentados na conferência, disse que os preços devem se fortalecer porque o consumo global ainda supera a produção, apesar da controversa medida da União Europeia no mês passado de exceder suas cotas de exportação.

Além disso, disse ele, a produção foi afetada por safras mais fracas no ano passado tanto no Brasil quanto na Índia, o maior consumidor mundial de açúcar e o segundo maior produtor.

A maior refinaria de açúcar da Austrália, a CSR Sugar, também demonstrou otimismo com os preços, sugerindo que os temores iniciais sobre as exportações europeias vão diminuir conforme o mercado volta a se concentrar no desequilíbrio entre oferta e demanda.

O presidente da CSR, Ian Glasson, disse que a Austrália também espera elevar a produção para atender a demanda.

"A produção de açúcar da Austrália tem capacidade para crescer possivelmente 5 a 10 por cento, mas não é como no Brasil, onde o crescimento é de 10 por cento --isso equivale a uma nova indústria de açúcar australiana por ano", disse ele à Reuters.

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