Economia

Unasul apresenta plano de integração para o continente

São 31 projetos de integração que farão parte da Agenda Prioritária de Infraestrutura do grupo

Segundo informações da Unasul, seminários semelhantes a esse serão feitos nas principais cidades dos 12 países membros da organização – Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname e Venezuela (Jorge Bernal/AFP)

Segundo informações da Unasul, seminários semelhantes a esse serão feitos nas principais cidades dos 12 países membros da organização – Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname e Venezuela (Jorge Bernal/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 16h30.

São Paulo - A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) apresentou hoje (24) a empresários brasileiros os 31 projetos de integração que farão parte da Agenda Prioritária de Infraestrutura do grupo. A maioria das obras é de transporte – apenas dois são de energia – e deverão custar cerca de US$ 21 bilhões. A meta é que os projetos sejam concluídos até 2022. A Unasul informou que serão feitas associações público-privadas, como forma de viabilizar as obras.

Para uma plateia de cerca de 180 empresários de todo o país, na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o presidente pro tempore do Conselho de Infraestrutura (Cosiplan) da Unasul, Cecílio Pérez Bórdon, afirmou que os governos devem estar abertos ao diálogo com o empresariado nacional.

“Consórcios entre governos e empresas serão fundamentais para levar esses projetos adiante”, disse Bórdon.

Segundo informações da Unasul, seminários semelhantes a esse serão feitos nas principais cidades dos 12 países membros da organização – Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname e Venezuela.

Para estudar as formas viáveis de financiamentos dos projetos, a união sul-americana formou um grupo de trabalho em que bancos multilaterais e modos de financiamento próprios de governos e de empresas privadas serão fontes a serem consultadas, informou a secretária-geral da Unasul, María Emma Mejía,

Ainda não há definição sobre as modalidades de contratação a serem adotadas em cada país. Para o diretor do departamento de infraestrutura da Fiesp,Carlos Cavalcante, o regime de concessão pública seria a melhor forma para o setor empresarial.

“Embora o regime de obra pública também dê oportunidades ao setor privado, o de concessão dá mais liberdade para se buscar financiamento. É possível fazer obras sem retirar recursos do Tesouro Nacional”, disse Cavalcante.

Dos 31 projetos de infraestrutura, 11 terão ligação com o território brasileiro, sendo que dez deles já estão previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Segundo o subsecretário-geral de América do Sul, Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Antônio Simões, a estimativa é que o impacto econômico gerado seja de quatro a cinco vezes maior do que o valor das obras.

A secretária-geral Mejía informou que a maior contribuição gerada pelas obras de infraestrutura será o vínculo entre os povos da América do Sul. Além de facilitar o escoamento das produções nacionais, as obras irão facilitar a mobilidade dos sul-americanos.

Serão construídos 2,4 quilômetros de pontes, 14 quilômetros de túneis, 57 quilômetros de anéis viários, 360 quilômetros de linhas de transmissão, 379 quilômetros de dragagem de rios, 1,5 mil quilômetros de gasodutos, 3,4 mil quilômetros de hidrovias, 5,1 mil quilômetros de rodovias, e 9,7 mil quilômetros de ferrovias.

Entre os projetos de maior destaque, estão os três corredores bioceânicos que irão conectar, por meio de rodovias, ferrovias e/ou hidrovias, as costas dos oceanos Atlântico e Pacífico.

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