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UE não vai renegociar acordo comercial com Ucrânia

A UE e a Ucrânia passaram anos negociado o acordo, que havia sido rubricado em março de 2012

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 14h55.

Bruxelas - O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, telefonou para a Comissão Europeia nesta segunda-feira para discutir o impasse sobre o acordo comercial que seu país rejeitou e recebeu a informação de que a União Europeia (UE) não vai renegociar o pacto.

Em comunicado, o executivo da UE disse que Yanukovych telefonou para José Manuel Barroso para conversar sobre o acordo com a UE, que o líder ucraniano se recusou a assinar na sexta-feira, durante uma cúpula realizada na Lituânia. A conversa, que durou meia hora, foi descrita como "moderada" por uma pessoa com conhecimento do caso.

Yanukovych colocou em espera os preparativos do acordo uma semana antes do encontro, citando temores com a possibilidade de a economia de seu país pagar um alto preço com a assinatura, já que a Rússia é contra o acordo.

A medida deu início a uma guerra de palavras entre UE e Ucrânia, além de alguns dos maiores protestos na ex-república soviética desde 2004, quando ocorreu a Revolução Laranja.

Segundo a UE, Yanukovych perguntou a Barroso se o bloco receberia uma delegação da Ucrânia para discutir "alguns aspectos" do acordo comercial.

"O presidente Barroso confirmou a prontidão da Comissão Europeia em receber tal delegação...ele destacou que a Comissão Europeia está pronta para discutir aspectos da implementação relacionados aos acordos já rubricados, mas não para reabrir qualquer tipo de negociações", disse a comissão.

A UE e a Ucrânia passaram anos negociado o acordo, que havia sido rubricado em março de 2012.

Antes da cúpula da UE com seus vizinhos do leste na semana passada, Yanukovych pediu a realização da conversações tripartites com a UE e a Rússia para resolver as tensões comerciais, mensagem que ele repetiu numa reunião pré cúpula com Barroso, ocorrida na quinta-feira.

Na sexta-feira, o chefe da comissão disse que era "inaceitável" dar à Rússia o poder de algum tipo de veto num acordo bilateral com a Ucrânia, que já havia sido esboçado e iniciado.

Durante o telefonema desta segunda-feira, Barroso também tratou da repressão das forças de segurança ucranianas contra manifestantes que protestavam contra a decisão do governo de Yanukovych a respeito do acordo com a UE.

Barroso pediu aos envolvidos que demonstrem comedimento e pediu que Kiev proteja os direitos e liberdades civis de seus cidadãos. No sábado, a UE emitiu um comunicado criticando autoridades ucranianas pelo excessivo uso da força. Barroso também reiterou o pedido da UE para que investigue o uso da força pela polícia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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