Economia

UE fará o que for necessário pelo euro, diz ministra

A idéia é garantir a estabilidade da moeda antes que os mercados reabram

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Bruxelas - A ministra de Finanças da Espanha, Elena Salgado, disse hoje, em reunião com seus pares da União Europeia (UE), que o bloco fará "o que for necessário" para defender o euro. Nas últimas semanas a moeda despencou em relação ao dólar, em meio a preocupações com a delicada situação fiscal da Grécia.

Elena Salgado, que presidiu a reunião ministerial, disse que a ideia é garantir a estabilidade do euro antes que os mercados reabram. Não há detalhes, no entanto, das possíveis medidas. Uma possibilidade é estender para os próprios Estados da UE um instrumento de ajuda voltado atualmente para países de fora da zona do euro (que reúne os 16 países que adotam o euro como moeda). A quantia disponível no mecanismo, chamado de instrumento de balanço de pagamentos, poderá ser ampliada dos atuais 50 bilhões de euros para 110 bilhões de euros.

A expectativa é de que medidas sejam aprovadas ainda hoje. "Precisamos avançar hoje porque, à noite, quando os mercados abrirem, não poderemos nos dar ao luxo de sofrer decepções", disse o ministro sueco Anders Borg, atribuindo a queda do euro a especuladores. Outros, por outro lado, culparam a fragilidade dos governos europeus e a falta de cooperação na região para enfrentar a crise.

"Sou contra (a ideia de) que toda a culpa seja atribuída à especulação", disse o ministro Josef Proell, representante da Áustria. "A especulação só dá certo contra países que há anos não cuidam bem de suas finanças", afirmou. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:EspanhaEuropaPiigs

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega