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UE e FMI criticam vendas de ativos e elogiam orçamento grego

Segundo credores, país deve atingir as metas do orçamento neste ano e no próximo, mas tem que acelerar as privatizações e a reforma do setor público

Pessoas trocam bandeira do Parlamento na Grécia: relatório informou que a meta da receita proveniente das privatizações do país foi reduzida para € 2 bilhões (Yannis Behrakis/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 11h37.

Berlim - A Grécia deve atingir as metas do orçamento neste ano e no próximo, mas tem que acelerar as privatizações e a reforma do setor público, afirmaram os credores internacionais do país no esboço de um relatório obtido pela Reuters nesta segunda-feira.

O relatório da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliando o progresso da Grécia em atingir suas metas de resgate informou que a meta da receita proveniente das privatizações do país foi reduzida para 2013 a 2 bilhões de euros, ante 2,6 bilhões de euros.

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"Embora tenha havido progresso no preparo de ativos para privatização, o ritmo geral do processo permanece insatisfatório", afirmou o relatório.

O documento soma-se às evidências de que o país endividado ainda enfrenta grandes obstáculos para se sustentar, apesar do progresso fiscal feito por seu governo de coalizão e cerca de 200 bilhões de euros em empréstimos de resgate que obteve da UE e do FMI desde meados de 2010.

Embora a perspectiva geral da dívida de Atenas permaneça inalterada, já que o país apresenta desempenho acima do esperado com os cortes de orçamento, a Grécia levará vários anos para retornar completamente aos mercados de capitais, uma vez que o financiamento do programa de resgate termina em 2014, segundo o relatório.

O relatório, datado de 3 de maio, resume os resultados da visita de inspeção das autoridades da UE e do FMI no mês passado, que deu à Grécia certificação para receber mais ajuda do resgate.

Os ministros das Finanças da zona do euro irão se reunir em Bruxelas nesta segunda-feira para aprovar até 7,5 bilhões de euros de pagamentos de resgate para a Grécia.

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