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TST propõe reajuste de 100% da inflação para carteiros para evitar greve

O vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho informou que a reposição salarial pela inflação pode ser retirada caso os trabalhadores entrem em greve

Segundo o TST, a proposta foi bem recebida por parte dos dirigentes dos Correios (Elza Fiuza/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 14h39.

Brasília - A Justiça do Trabalho propôs um acordo entre Correios e carteiros para evitar uma nova greve dos empregados da estatal nesta semana. Apresentada na manhã desta terça-feira, 7, a proposta é que os Correios paguem reajuste salarial integral da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e não apenas 60% desse indicador - como a empresa propôs aos empregados.

A proposta foi apresentada pelo vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Renato de Lacerda Paiva.

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O ministro diz que a reposição salarial pela inflação está condicionada à continuidade do trabalho dos carteiros.

Ou seja, se carteiros entrarem em greve, a proposta será retirada e o processo de mediação do TST, encerrado.

O ministro também propõe a manutenção das condições do acordo coletivo firmado para os anos de 2017 e 2018. "Pondero que a presente proposta representa o melhor resultado possível para os trabalhadores", destacou o ministro.

Em nota, o TST informa que o vice-presidente do Tribunal indicou que a proposta foi bem recebida por parte dos dirigentes dos Correios.

Agora, os trabalhadores terão de dar resposta à proposta até quinta-feira, 9. Já os Correios poderão se responder oficialmente até o dia seguinte, 10 de agosto.

Em julho, os Correios apresentaram proposta de reajuste salarial de 60% do INPC - o que representa aumento em torno de 2,21%, menos que o índice cheio que registra alta de 3,68% em 12 meses.

Essa proposta foi rejeitada em assembleia dos trabalhadores em 26 de julho, quando também programaram nova assembleia nesta terça-feira para eventual greve.

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