Presidente americano, Donald Trump, e o presidente argentino, Mauricio Macri em Buenos Aires, na cúpula do G20 de 2018 (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de maio de 2019 às 19h14.
Última atualização em 9 de maio de 2019 às 10h31.
Buenos Aires — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta quarta-feira ao seu homólogo da Argentina, Mauricio Macri, seu "firme apoio" à política de reformas econômicas que promove no país sul-americano, que está há um ano em recessão, segundo confirmaram à Agência Efe fontes oficiais argentinas.
Os dois governantes, que se conhecem da época na qual ambos eram empresários, conversaram vários minutos por telefone e trataram temas locais e desafios regionais.
Trump, que já tinha expressado no passado seu apoio a Macri, especialmente quando estiveram juntos durante a cúpula do G20 do ano passado em Buenos Aires, disse novamente estar a favor da agenda de reformas aplicadas pelo seu homólogo, marcada pelo milionário empréstimo outorgado em 2018 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
"O presidente Trump expressou seu firme apoio à agenda econômica pró-crescimento do presidente Macri e os avanços que fez na modernização da economia argentina", afirmou Judd Deere, uma dos porta-vozes da Casa Branca, sobre a conversa telefônica entre os governantes.
O apoio do americano chega em um contexto no qual a Argentina está tentando cumprir as metas traçadas no seu acordo com o FMI, que aprovou um crédito de US$ 56,3 bilhões para o governo de Macri.
O pacto com o FMI inclui o compromisso de alcançar o equilíbrio fiscal primário este ano, ou seja, o equilíbrio das contas públicas antes do pagamento de juros.
No final de 2018, o FMI concordou em ampliar a assistência financeira solicitada pelo governo de Macri até US$ 56,3 bilhões - o montante inicial era de US$ 50 bilhões.
Após a terceira revisão, em abril, o organismo aprovou um novo desembolso no valor de US$ 10,8 bilhões para a Argentina.
Uma equipe do Fundo inicia hoje em Buenos Aires a quarta revisão, que incluirá reuniões com funcionários do governo e do Banco Central, mas também com representantes do setor privado, da educação e da sociedade civil, para confirmar o pagamento de uma nova parcela.
Nas suas mais recentes previsões, o FMI rebaixou a contração prevista na Argentina até 1,2% para 2019, frente ao 1,7% calculado há três meses, enquanto piorou a previsão da inflação para 30% no final do ano.
O FMI argumentou que "os salários nominais mais altos, o aumento de tarifas planejadas e a alta das expectativas de inflação" resultarão em um aumento do nível de preços de 30% até o final de 2019, 10% acima do projetado na segunda revisão do programa de assistência financeira do organismo.