Economia

Trump escolhe para cargo no comércio economista linha-dura

Trump fez do comércio um pilar da sua campanha presidencial e criticou o que chamou de acordos ruins que os EUA fizeram com outros países

Trump: Navarro, professor da Universidade da Califórnia, tem sugerido intensificar a relação com Taiwan (Carlos Barria/Reuters)

Trump: Navarro, professor da Universidade da Califórnia, tem sugerido intensificar a relação com Taiwan (Carlos Barria/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 20h45.

Washington - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, apontou nesta quarta-feira Peter Navarro, economista que tem defendido uma política linha-dura em relação à China, para chefiar o recém-formado Conselho Nacional de Comércio da Casa Branca, disse a equipe de transição em comunicado.

"A formação do Conselho Nacional de Comércio demonstra ainda mais a determinação do presidente eleito para fazer a indústria norte-americana grande novamente e para dar a cada norte-americano a oportunidade de trabalhar num emprego decente com um salário decente", afirmou o comunicado.

Trump fez do comércio um pilar da sua campanha presidencial e criticou o que chamou de acordos ruins que os EUA fizeram com outros países.

O presidente eleito, que assume o poder em 20 de janeiro, tem também ameaçado atingir as importações chinesas com tarifas altas e irritou Pequim ao questionar a longa política de "China única" de Washington.

Navarro, que aconselhou Trump durante a campanha, é autor de vários livros, incluindo "Death by China: How America Lost its Manufacturing Base" (Morte pela China: Como os EUA Perderam a sua Base Industrial, em tradução livre), que foi transformado num filme documentário.

Navarro, professor da Universidade da Califórnia, tem sugerido intensificar a relação com Taiwan, incluindo ajuda com um programa de desenvolvimento de submarinos.

Ele argumentou que Washington deve parar de se remeter à política de "China única", mas não chegou a sugerir que o país reconheça Taiwan, dizendo que "não havia necessidade de provocar o Panda de forma desnecessária".

"Eu li um dos livros de Peter sobre os problemas comerciais dos EUA anos atrás e fiquei impressionado pela claridade dos seus argumentos e o rigor da sua pesquisa", disse Trump no comunicado.

"Ele tem com antevisão documentado os danos provocados pelo globalismo nos trabalhadores norte-americanos e apresentado um caminho para restaurar a nossa classe média. Ele vai ter um papel essencial no meu governo como um conselheiro para o comércio", disse Trump.

Acompanhe tudo sobre:ChinaComércio exteriorDonald TrumpEstados Unidos (EUA)

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor