Trump defende reforma tributária dos EUA em discurso
Presidente americano faz novo apelo para que os impostos empresariais sejam reduzidos de 35 por cento para 15 por cento
Reuters
Publicado em 31 de agosto de 2017 às 09h23.
Springfield, Estados Unidos - O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, fez na quarta-feira seu primeiro grande discurso sobre reforma tributária, mas na longa lista de agradecimentos não mencionou Gary Cohn, o principal conselheiro da Casa Branca no tocante aos impostos, que viajou com ele para o evento.
Em uma empresa de manufatura de Springfield, no Missouri, Trump reiterou seu apelo já antigo para que os impostos empresariais sejam reduzidos de 35 por cento para 15 por cento, mas no momento os parlamentares acreditam que teriam sorte se pudessem baixá-los para 25 por cento.
Quando indagada sobre a omissão do nome de Cohn, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, respondeu aos repórteres a bordo do avião Força Aérea Um a caminho de Washington que é rotineiro o presidente agradecer membros do gabinete, mas não conselheiros, nos discursos.
Cohn viajou com Trump no Força Aérea Um para o discurso no Missouri, no qual seu chefe conclamou os democratas a se unirem a seu esforço pela reforma tributária. Ele disse que cortará impostos e simplificará o abrangente código tributário dos EUA para a classe média, mas não deu detalhes, e a reforma enfrentará dificuldades no Congresso.
"Precisamos reduzir a taxação de impostos sobre as empresas americanas para que elas mantenham os empregos na América, criem empregos na América e disputem por trabalhadores aqui na América", disse Trump em seu primeiro discurso presidencial especificamente sobre reforma tributária, um dos temas centrais de sua campanha de 2016.
Tanto parlamentares democratas quanto republicanos dizem que ela é necessária, mas o objetivo republicano de aprovar uma legislação neste ano enfrenta uma dura batalha no Congresso, que já fracassou na reforma de saúde pleiteada por Trump.
Durante sua fala, Trump destacou membros do gabinete, como o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, o secretário de Comércio, Wilbur Ross, e a diretora da Administração de Pequenas Empresas, Linda McMahon, além de membros do Congresso -- mais de uma dúzia de pessoas ao todo.
Ele pediu à sua filha Ivanka --que não integra seu gabinete, mas é membro de sua equipe-- para se levantar e receber um agradecimento.
"Esqueci alguém?", perguntou Trump.
Cohn, que ficou perto do palco durante o discurso ao lado de Sanders, trabalhou ao lado de Mnuchin durante meses desenvolvendo a estratégia da reforma tributária do presidente.
Recentemente Cohn, que é judeu, criticou Trump por comentários a respeito da violência nos protestos de motivação racial na Virgínia no início deste mês, que envolveram supremacistas brancos e neonazistas, e disse ter sofrido uma "pressão enorme" para renunciar.