Economia

Trigo russo mais caro fica fora dos principais mercados

A Rússia, um dos maiores exportadores de trigo do mundo, não está conseguindo competir com ofertas da França e dos EUA


	Trigo: grão russo perdeu as últimas três licitações feitas por um de seus principais clientes, o Egito
 (AFP / Thomas Samson)

Trigo: grão russo perdeu as últimas três licitações feitas por um de seus principais clientes, o Egito (AFP / Thomas Samson)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 14h08.

Moscou - Os preços do trigo russo estão agora altos demais para competir com ofertas de França e dos Estados Unidos na maioria dos mercados internacionais, situação reforçada por resultados de leilões recentes, disseram analistas nesta segunda-feira.

A Rússia, um dos maiores exportadores de trigo do mundo, normalmente envia grãos ao norte da África e ao Oriente Médio.

Mas o trigo russo perdeu as últimas três licitações feitas por um de seus principais clientes, o Egito.

Exportações anteriormente fortes deram suporte aos preços do trigo da Rússia nas últimas semanas, disse a consultoria SovEcon, acrescentando que as cotações domésticas também foram impulsionadas pela fraqueza da moeda local, o rublo, que está oscilando perto dos pontos mais baixos de todos os tempos em relação ao dólar.

As exportações de grãos da Rússia atingiram uma máxima recorde de 4,7 milhões de toneladas em agosto, em meio à colheita de uma safra quase recorde graças ao clima favorável.

O país exportou 9,9 milhões de toneladas de grãos, incluindo 8,6 milhões de toneladas de trigo, entre o início da campanha de comercialização de 2014/15, em 1º de julho, e 17 de setembro, segundo o Ministério da Agricultura.

As exportações foram 26 por cento maiores do que no mesmo período um ano atrás. O país exportou 2,1 milhões de toneladas de grãos, incluindo 1,7 milhão de toneladas de trigo, até agora, em setembro.

Para ser competitivo com os franceses e as origens norte-americanas em licitações do Egito, os preços do trigo russo com 12,5 por cento de teor de proteína teriam de diminuir para 230-231 dólares por tonelada, ante os atuais 240 dólares por tonelada, de acordo com a consultoria IKAR.

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