Trichet vê mercados reconhecendo medidas gregas
Estocolmo - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse nesta quarta-feira que espera que os mercados recompensem a Grécia por suas medidas de consolidação fiscal. Trichet também disse que o crescimento econômico da zona do euro será modestamente positivo neste ano e que vai retomar a velocidade em 2011. "Eu espero ... […]
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2010 às 11h27.
Estocolmo - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse nesta quarta-feira que espera que os mercados recompensem a Grécia por suas medidas de consolidação fiscal.
Trichet também disse que o crescimento econômico da zona do euro será modestamente positivo neste ano e que vai retomar a velocidade em 2011.
"Eu espero ... que a credibilidade dessas medidas seja progressivamente reconhecida por todos os participantes do mercado e seus observadores", disse Trichet em uma coletiva de imprensa conjunta com o ministro das Finanças sueco, Anders Borg, referindo-se aos planos de redução de déficit da Grécia. Ele também chamou as medidas do governo grego de corajosas.
"Eu só vou repetir o que eu disse. Eu disse que é uma estrutura que eu considero positiva e que eu a aprovo."
Trichet afirmou ainda que o Fundo Monetário Internacional (FMI) terá participação em um possível resgate, dando boas-vindas ao uso da experiência do órgão.
Mas Trichet também disse que os países da zona do euro devem pressionar os colegas para segurar os déficits de acordo com o Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia, que estabelece o limite de déficit do setor público em 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Sobre a economia da zona do euro como um todo, Trichet disse que o crescimento de 2010 deve ser positivo e que vai acelerar no ano que vem.
"Para este ano, no nível da zona do euro como um todo, crescimento modesto, obviamente crescimento positivo, mas modesto, e eu diria que, para o próximo ano, expansão maior que a deste ano", disse Trichet. Ele acrescentou, porém, que a recuperação depende da confiança e que todos devem se manter cautelosos.