Total de títulos protestados cai 19,7% em julho, diz Serasa
O número de títulos relativos a pessoas físicas e jurídicas protestados em julho deste ano, de 677 000, foi 19,7% menor que no mesmo período do ano passado. Se levado em conta os sete meses acumulados neste ano, em comparação com os mesmos meses de 2002, a quantidade de títulos protestados também foi mais modesta […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h26.
O número de títulos relativos a pessoas físicas e jurídicas protestados em julho deste ano, de 677 000, foi 19,7% menor que no mesmo período do ano passado. Se levado em conta os sete meses acumulados neste ano, em comparação com os mesmos meses de 2002, a quantidade de títulos protestados também foi mais modesta _caiu de 5 milhões para 4,4 milhões. Os dados são da Serasa, uma das maiores empresas de informações de crédito do país.
Se observada separadamente, a queda no número de títulos de pessoas físicas protestados, foi de 19,9% em relação ao mesmo mês de 2002. No acumulado do ano, o número também foi 16,2% inferior à quantidade de protestos registrados no mesmo período do ano passado. Sinal de que os consumidores estão menos inadimplentes? Não necessariamente. Os técnicos da Serasa afirmam que a queda pode ter ocorrido simplesmente porque as empresas, sensibilizadas por uma situação econômica nada favorável ao consumidor, estão preferindo chamá-lo para negociar a dívida, em vez de colocar seus nome numa lista negra.
A queda nos títulos protestados de pessoas jurídicas em julho, de 19,6% em relação ao mesmo período em 2002, e de 6,8% nos primeiros seis meses em comparação com os mesmos meses de 2002, são explicados de uma outra maneira. Como estão vendendo menos, as empresas também estão mais receosas de pedir empréstimos, sobretudo os de curto prazo, com juros elevados. Mas a esperança delas de que o consumo volte a crescer também contribui para a redução. O motivo: as empresas não querem dar o calote nos fornecedores porque podem ficar em maus lençóis caso os consumidores voltem a comprar.
A pesquisa da Serasa também mostra redução no volume de 1, 5 mil falências requeridas e de 445 falências decretadas no mês de julho, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Elas foram de 23,3% e 9,6%, respectivamente. Já os pedidos de concordatas cresceram: foram 376, 17,5% a mais que no mesmo semestre de 2002. Houve também mais concordatas deferidas nos primeiro semestre deste ano em relação ao de 2002. Foram 272. O número é 8,8% maior que o dos primeiros seis meses do ano passado. segundo a Serasa, as maiores vítimas das falências e concordatas são as micro e pequenas empresas que, menos capitalizadas, têm mais dificuldades para honrar compromissos em períodos de recessão.