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The Economist ironiza e diz que Mantega é um 'sucesso"

No fim de 2012, a publicação sugeriu a saída de Mantega para uma mudança de rumo da economia

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: a publicação diz que a economia brasileira tem apresentado desempenho "medíocre". (REUTERS/Nacho Doce)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Londres - A revista britânica The Economist usa a ironia para reforçar o descontentamento com o ministro da Fazenda, Guido Mantega , em sua edição que chegou nesta quinta-feira, 6, às bancas.

A publicação diz que a economia brasileira tem apresentado desempenho "medíocre" e, com a lembrança de que Mantega ficou no cargo mesmo após a revista pedir a saída do ministro, a publicação diz que "mudou de estratégia". Apesar da brincadeira, reconhece que, após seguidas frustrações com medidas e o desempenho da economia, o governo de Dilma Rousseff parece voltar a tomar decisões para reconquistar a admiração dos mercados.

No fim de 2012, a publicação sugeriu a saída de Mantega para uma mudança de rumo da economia. "Foi amplamente noticiado no Brasil que a nossa impertinência teve o efeito de fazer o ministro da Fazenda ficar 'indemitível'. Agora, vamos tentar um novo rumo. Pedimos para a presidente ficar com ele a todo custo: ele é um sucesso", diz o texto.

Para The Economist, o Palácio do Planalto começou a se distanciar, no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de premissas como a "meta de inflação de um Banco Central que opera com independência de fato, contas públicas transparentes, meta fiscal rigorosa e uma atitude muito mais aberta ao comércio exterior e ao investimento privado".

Desde o estouro da crise de 2008, diz o texto, o governo de Lula e também de Dilma optaram por deixar de lado conceitos da "economia liberal decadente" e optaram pelo "capitalismo chinês de Estado".


A revista diz que, nessa mudança, a equipe econômica desistiu de reformas e a presidente Dilma Rousseff "assediou publicamente o BC para reduzir os juros". "Ela desencadeou uma enxurrada desconcertante de incentivos fiscais (e aumentos de impostos) para indústrias favorecidas, mas não conseguiu equilibrar com os cortes de gastos". A reportagem reconhece, porém, que os sinais mais recentes são de "uma política mais clara" e cita como exemplos a alta da taxa Selic para conter a inflação e o fim da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras para estrangeiros.

Em outra reportagem, a revista diz que o Brasil parece "preso na lama", o crescimento fraco da economia levou o Palácio do Planalto a "mudar de rumo" e o caminho para reconquistar investidores é longo. O aumento do juro na semana passada, por exemplo, foi elogiado. Mas a revista lembra que o BC "vai ter de aumentar as taxas novamente para levar a inflação para perto do centro da meta".

Também há elogios para o fim do IOF na renda fixa, com a ressalva, contudo, de que o Ministério da Fazenda será acompanhado de perto para ver se voltará "à retidão" na questão fiscal "depois de usar a contabilidade criativa para atingir a meta de superávit".

Outro aspecto elogiado foi a intenção de retomar as concessões e o "bem-sucedido leilão de campos de petróleo". "Será um longo caminho para aumentar a confiança empresarial e dos investidores e para promover a melhora da ultrapassada infraestrutura brasileira que o País precisa para crescer".

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Londres - A revista britânica The Economist usa a ironia para reforçar o descontentamento com o ministro da Fazenda, Guido Mantega , em sua edição que chegou nesta quinta-feira, 6, às bancas.

A publicação diz que a economia brasileira tem apresentado desempenho "medíocre" e, com a lembrança de que Mantega ficou no cargo mesmo após a revista pedir a saída do ministro, a publicação diz que "mudou de estratégia". Apesar da brincadeira, reconhece que, após seguidas frustrações com medidas e o desempenho da economia, o governo de Dilma Rousseff parece voltar a tomar decisões para reconquistar a admiração dos mercados.

No fim de 2012, a publicação sugeriu a saída de Mantega para uma mudança de rumo da economia. "Foi amplamente noticiado no Brasil que a nossa impertinência teve o efeito de fazer o ministro da Fazenda ficar 'indemitível'. Agora, vamos tentar um novo rumo. Pedimos para a presidente ficar com ele a todo custo: ele é um sucesso", diz o texto.

Para The Economist, o Palácio do Planalto começou a se distanciar, no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de premissas como a "meta de inflação de um Banco Central que opera com independência de fato, contas públicas transparentes, meta fiscal rigorosa e uma atitude muito mais aberta ao comércio exterior e ao investimento privado".

Desde o estouro da crise de 2008, diz o texto, o governo de Lula e também de Dilma optaram por deixar de lado conceitos da "economia liberal decadente" e optaram pelo "capitalismo chinês de Estado".


A revista diz que, nessa mudança, a equipe econômica desistiu de reformas e a presidente Dilma Rousseff "assediou publicamente o BC para reduzir os juros". "Ela desencadeou uma enxurrada desconcertante de incentivos fiscais (e aumentos de impostos) para indústrias favorecidas, mas não conseguiu equilibrar com os cortes de gastos". A reportagem reconhece, porém, que os sinais mais recentes são de "uma política mais clara" e cita como exemplos a alta da taxa Selic para conter a inflação e o fim da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras para estrangeiros.

Em outra reportagem, a revista diz que o Brasil parece "preso na lama", o crescimento fraco da economia levou o Palácio do Planalto a "mudar de rumo" e o caminho para reconquistar investidores é longo. O aumento do juro na semana passada, por exemplo, foi elogiado. Mas a revista lembra que o BC "vai ter de aumentar as taxas novamente para levar a inflação para perto do centro da meta".

Também há elogios para o fim do IOF na renda fixa, com a ressalva, contudo, de que o Ministério da Fazenda será acompanhado de perto para ver se voltará "à retidão" na questão fiscal "depois de usar a contabilidade criativa para atingir a meta de superávit".

Outro aspecto elogiado foi a intenção de retomar as concessões e o "bem-sucedido leilão de campos de petróleo". "Será um longo caminho para aumentar a confiança empresarial e dos investidores e para promover a melhora da ultrapassada infraestrutura brasileira que o País precisa para crescer".

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