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Tesouro nega que orçamento de Trump fará déficit disparar

Mnuchin afirmou que a proposta de investir US$ 1 tri para modernizar a infraestrutura não significa que o presidente irá tirar o valor das contas do governo

Mnuchin: "Vamos pagar por isso através de cortes em outras areas e não disparando o déficit" (Kevin Lamarque/Reuters)
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EFE

Publicado em 1 de março de 2017 às 21h16.

Washington - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos , Steven Mnuchin, negou nesta quarta-feira que o projeto de orçamento do presidente Donald Trump vá provocar um aumento do déficit do país e disse que as altas registradas nas bolsas em Wall Street são uma "mostra de confiança" na agenda econômica do governo.

Mnuchin afirmou que a proposta de Trump de investir US$ 1 trilhão para modernizar a infraestrutura do país não significa necessariamente que o presidente irá tirar esse valor das contas do governo.

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"Vamos pagar por isso através de cortes em outras areas e não disparando o déficit. Acho que essa mensagem é alta e clara. Parte do investimento virá de uma combinação de fundos públicos e privados", disse o secretário em entrevista à "Fox".

Além do plano para infraestrutura, Trump já antecipou sua intenção de elevar em quase 10% as despesas militares dos EUA, aumento que compensará com cortes em várias agências federais.

Esse enorme estímulo fiscal será acompanhado de um notável corte de impostos, segundo os planos de Trump, algo que preocupa analistas, que avaliam que isso ajudaria a ampliar de forma significativa o déficit e a dívida pública dos EUA, que ficaram em 3,2% e 77% do PIB no ano passado, respectivamente.

Mnuchin disse que o plano de corte de impostos, que focará em aliviar a carga tributária sobre a classe média, estará pronto em agosto.

Sobre o discurso de Trump na noite de ontem no Congresso, o secretário destacou que as palavras do presidente foram um chamado ao otimismo no país.

Por fim, Mnuchin, que tem ampla experiência em Wall Street por ter trabalhado por mais de 20 anos no banco Goldman Sachs, também falou sobre os consecutivos recordes na Bolsa de Nova York.

"Acredito que não pode haver um indicador mais forte de que as pessoas gostam das propostas políticas e econômicas do presidente. São um voto de confiança para o presidente", indicou.

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