Tesouro Nacional: qual é o tamanho do déficit fiscal?
ÀS SETE - O governo divulga nesta segunda-feira o Resultado Primário do Governo Central para o mês de dezembro e do ano de 2017
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 06h36.
Última atualização em 29 de janeiro de 2018 às 07h17.
A Secretaria do Tesouro Nacional divulga nesta segunda-feira o Resultado Primário do Governo Central para o mês de dezembro e do ano de 2017.
O documento reúne as contas do Tesouro, da Previdência Social e do Banco Central. Nele que se faz referência o déficit fiscal do governo, previsto neste ano para 159 bilhões de reais.
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A expectativa, contudo, é de que o rombo seja menor, de 129 bilhões de reais. A chefe da pasta, Ana Paula Vescovi dará entrevista coletiva sobre o relatório às 15 horas, em Brasília.
Até novembro, em 12 meses, o governo central havia apresentado um déficit de 167 bilhões, ou 2,52% do PIB.
As previsões anteriores, baseadas nos dados disponíveis, fizeram a equipe econômica admitir o aumento do déficit de 139 bilhões para 159 bilhões de reais. Nos 11 primeiros meses de 2017, as contas registravam prejuízo de 101,9 bilhões, pior desempenho da série histórica.
O alívio veio com a melhora de arrecadação justamente no último mês de 2017, além de superávits em outubro e novembro.
Em outubro, houve receita especial com o Imposto de Renda trimestral das instituições financeiras e fim do pagamento da primeira parcela do décimo terceiro dos beneficiários do INSS. O resultado positivo foi de 5,1 bilhões de reais.
Em novembro houve um reforço de caixa de 12 bilhões de reais com os pagamentos referentes ao leilão de hidrelétricas.
O governo central ficou no azul com saldo de 1,35 bilhão de reais no mês, melhor desempenho para o mês desde 2013. Naquele ano, porém, o superávit foi de 28,9 bilhões de reais, um indicativo da gravidade das contas.
Nem mesmo uma surpresa positiva nas contas apaga o déficit feroz nos cofres públicos, algo que só a reforma da Previdência daria alívio. Uma vitória no Congresso é um episódio decisivo para que o governo não fique em frangalhos em 2019.