Economia

Tesouro não fará novos aportes para ajudar distribuidoras

Segundo Aneel, Tesouro Nacional não vai mais aportar recursos para ajudar distribuidoras de energia elétrica


	Torres de transmissão de energia elétrica: distribuidoras reduziram a exposição ao mercado de curto prazo a 354 megawatts (MW) médios
 (REUTERS/Paulo Santos)

Torres de transmissão de energia elétrica: distribuidoras reduziram a exposição ao mercado de curto prazo a 354 megawatts (MW) médios (REUTERS/Paulo Santos)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 16h16.

São Paulo - O Tesouro Nacional não vai mais aportar recursos para ajudar distribuidoras de energia elétrica, afirmou nesta sexta-feira o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Reive Barros, em coletiva de imprensa após o leilão de transmissão de energia.

"A princípio, não existe recurso do Tesouro... O que o Tesouro tinha que aportar de recurso já aportou", disse ele nesta sexta-feira, ao acrescentar que teria que ser pensada uma alternativa para cobrir a exposição residual das distribuidoras.

As distribuidoras reduziram a exposição ao mercado de curto prazo a 354 megawatts (MW) médios, o que deve resultar em custos de cerca de 1 bilhão de reais até o fim do ano, segundo elas.

Mas além desse custo, as empresas irão arcar, até o próximo reajuste tarifário com a diferença entre o preço de energia contratada no leilão, a cerca de 268,33 reais por megawatt-hora (MWh), e o valor que é coberto pelas tarifas de energia atualmente -- o que pode resultar em mais cerca de 1,5 bilhão de reais em custos.

O secretário-adjunto do Ministério de Minas e Energia, Moacir Bertol, disse que a exposição das distribuidoras atualmente é muito menor que a verificada anteriormente. No início do ano falava-se em cerca de 3,3 gigawatts médios. Segundo ele, o Ministério está avaliando o tema em conjunto com as distribuidoras.

Ele acrescentou que as geradoras também já se manifestaram ao Ministério de Minas e Energia sobre as preocupações com os custos relacionados à redução da geração hidrelétrica pelas usinas, diante do quadro de baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. Segundo ele, o tema também está sendo avaliado pelo Ministério.

O Tesouro Nacional já destinou recursos neste ano para cobrir a exposição involuntária das distribuidoras e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) contratou empréstimo de 11,2 bilhões de reais com bancos para ajudar as companhias. No entanto, os recursos do financiamento devem esgotar até junho.

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