Economia

Tesouro fixa limite de R$3,3 tri para dívida pública federal

O Tesouro Nacional fixou que a dívida pública federal deverá ficar entre 3,1 trilhões e 3,3 trilhões em 2016


	Dinheiro: dívida encerrou 2015 em 2,793 trilhões de reais, conforme Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado nesta segunda-feira
 (Bruno Domingos/Reuters)

Dinheiro: dívida encerrou 2015 em 2,793 trilhões de reais, conforme Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado nesta segunda-feira (Bruno Domingos/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 14h25.

Brasília - A dívida pública federal deverá ficar entre 3,1 trilhões e 3,3 trilhões de reais em 2016, depois de encerrar 2015 em 2,793 trilhões de reais, conforme Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Fazenda.

Em 2015, a dívida pública federal cresceu 21,65 por cento, mas ficou dentro do limite estabelecido pelo governo, de até 2,8 trilhões de reais.

No PAF para este ano, o Tesouro Nacional assinalou que os títulos vinculados a juros flutuantes, como a Selic, responderão por 30 a 34 por cento da dívida pública federal, ante 22,8 por cento em 2015- acima do limite de 22 por cento que havia sido estimulado pelo governo.

Esses papéis pós-fixados são mais demandados por investidores quando há percepção de aumento do risco, num ambiente de inflação e juros elevados, como o vivido pelo país.

Contudo, esse títulos tiram previsibilidade para a dívida, já que flutuam com os juros. No longo prazo, o governo busca reduzir a participação dos títulos com taxa flutuante a 15 por cento.

Em 2016, os papéis prefixados seguirão tendo maior representatividade, embora com queda em relação à 2015. O plano é que tenham um peso de 31 a 35 por cento da dívida pública federal, contra 39,4 por cento no ano passado.

No longo prazo, o objetivo é de participação de 45 por cento Enquanto isso, a parcela correspondente aos títulos indexados à inflação deverá ficar entre 29 e 33 por cento. Em 2015, o patamar foi de 32,5 por cento.

Já os títulos corrigidos pelo câmbio terão limites de 3 a 7 por cento do total da dívida em 2016, contra 5,3 por cento em 2015.

Em apresentação, o Tesouro sublinhou que já possui dólares em montante suficiente para cobertura dos fluxos de principal e juros da dívida externa a vencerem em 2016.

Disse ainda que o caixa da dívida, correspondente a um colchão de liquidez, equivale em reais a cerca de seis meses do serviço de dívida interna em mercado.

Para 2016, uma diretriz importante em relação à gestão da dívida é a suavização da estrutura de vencimentos, completou o Tesouro, com "especial atenção" para a dívida que vence no curto prazo, que deve alcançar novo patamar mínimo em 2016.

Texto atualizado às 15h25.

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaTesouro Nacional

Mais de Economia

Lula se reúne hoje com equipe econômica para discutir bloqueios no Orçamento deste ano

CCJ do Senado adia votação da PEC da autonomia financeira do BC

Por que Países Baixos e Reino Unido devem perder milionários nos próximos anos?

STF prorroga até setembro prazo de suspensão da desoneração da folha

Mais na Exame