Economia

Tesouro capta US$ 1 bi no exterior com menores juros em 3 anos

O dinheiro veio da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em abril de 2026, feita hoje

Tesouro: o Brasil devolverá o dinheiro daqui a dez anos com a correção dos juros acordada, de 5% ao ano (Getty Images)

Tesouro: o Brasil devolverá o dinheiro daqui a dez anos com a correção dos juros acordada, de 5% ao ano (Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de março de 2017 às 21h58.

O Tesouro Nacional captou US$ 1 bilhão de investidores norte-americanos e europeus com taxa de juros de 5% ao ano.

O dinheiro veio da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em abril de 2026, feita hoje (7). A taxa obtida na operação foi a menor para esse tipo de papel em três anos.

Por meio do lançamento de títulos da dívida externa, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros.

Isso significa que o Brasil devolverá o dinheiro daqui a dez anos com a correção dos juros acordada, de 5% ao ano.

A taxa é a mais baixa desde setembro de 2014 para papéis de dez anos. Na ocasião, o Tesouro tinha captado US$ 1,05 bilhão com juros de 4,25% ao ano.

Taxas menores de juros indicam redução da desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida.

Com os sucessivos rebaixamentos sofridos pelo país, os estrangeiros passaram a cobrar juros mais elevados para comprar os papéis brasileiros.

Em março do ano passado, o Tesouro tinha captado US$ 1,5 bilhão no exterior com títulos de dez anos a juros de 6,125% ao ano.

A taxa do título brasileiro foi 248,4 pontos maior que a dos títulos do Tesouro americano, de dez anos. Em março de 2016, a diferença estava em 419,6 pontos.

Os títulos norte-americanos são considerados os papéis mais seguros do mundo.

Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais do país em 14 de março.

De acordo com o Tesouro Nacional, as emissões de títulos no exterior não têm como objetivo principal reforçar as divisas do país, mas fornecer um referencial para empresas brasileiras que pretendem captar recursos no mercado financeiro internacional.

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