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Terno chinês domina o mercado brasileiro

O produto importado da China dobrou de volume no mercado de 2007 a 2011

Homens de terno correndo (SXC)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2012 às 09h38.

São Paulo - A roupa mais famosa do guarda-roupa masculino tem, cada vez mais, etiqueta asiática no Brasil. Com presença crescente nas vitrines brasileiras, o terno importado da China dobrou em volume de 2007 a 2011, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Somente no ano passado, a compra de modelos deste tipo de roupa chineses totalizou US$ 36,8 milhões. O Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi) aponta que, em 2011, foram vendidos 8,2 milhões de ternos no País, entre nacionais e importados. A entidade não tem um número exato para cada procedência.

Custo e qualidade polarizam as discussões sobre os motivos que sustentam o aumento da participação das importações. Fabricante de Osasco, a Raphy Indústria Têxtil consolidou-se há cinco décadas na produção de camisas, mas decidiu importar ternos para venda há dois anos. Até o fim do ano passado, mais de 20 mil peças confeccionadas com tecido de poliéster com viscose chegaram ao Brasil pela empresa. Todas provenientes da China.

A diretora de produto da Raphy, Magda Gamberini, explica que a fabricação própria nem sequer foi cogitada. Segundo ela, os custos da produção nacional e a falta de mão de obra qualificada inviabilizam a atividade no País. "Mesmo com o dólar em alta, é mais compensador importar", assegura.

O presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, critica o que classifica de "invasão chinesa". Para ele, as peças têm qualidade inferior e são forjadas em condições não competitivas - subsídios governamentais e a mão de obra barata, principalmente. "Eu gostaria de ver uma fábrica chinesa produzindo terno no Brasil. Não falta eficiência ou inteligência nos produtos brasileiros", diz. Segundo ele, os números mostram a convergência das exportações para o Brasil no período de retração dos mercados europeu e norte-americano. O presidente da Abit entende que o País se tornou um mercado atrativo diante da crise global.

Com tecido poliéster, o quilo do terno (uma peça tem, em média, 1,1 kg) fabricado na China custa cerca de US$ 15 (o equivalente a pouco mais de R$ 30), de acordo com a Abit. O mesmo produto vindo de Portugal, ainda segundo a Abit, custa em torno de US$ 140 (quase R$ 290). Pelos cálculos da Raphy, o custo de uma peça equivalente, mas fabricada com tecido e mão de obra brasileira sai por R$ 80,00. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Custo e qualidade polarizam as discussões sobre os motivos que sustentam o aumento da participação das importações. Fabricante de Osasco, a Raphy Indústria Têxtil consolidou-se há cinco décadas na produção de camisas, mas decidiu importar ternos para venda há dois anos. Até o fim do ano passado, mais de 20 mil peças confeccionadas com tecido de poliéster com viscose chegaram ao Brasil pela empresa. Todas provenientes da China.

A diretora de produto da Raphy, Magda Gamberini, explica que a fabricação própria nem sequer foi cogitada. Segundo ela, os custos da produção nacional e a falta de mão de obra qualificada inviabilizam a atividade no País. "Mesmo com o dólar em alta, é mais compensador importar", assegura.

O presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, critica o que classifica de "invasão chinesa". Para ele, as peças têm qualidade inferior e são forjadas em condições não competitivas - subsídios governamentais e a mão de obra barata, principalmente. "Eu gostaria de ver uma fábrica chinesa produzindo terno no Brasil. Não falta eficiência ou inteligência nos produtos brasileiros", diz. Segundo ele, os números mostram a convergência das exportações para o Brasil no período de retração dos mercados europeu e norte-americano. O presidente da Abit entende que o País se tornou um mercado atrativo diante da crise global.

Com tecido poliéster, o quilo do terno (uma peça tem, em média, 1,1 kg) fabricado na China custa cerca de US$ 15 (o equivalente a pouco mais de R$ 30), de acordo com a Abit. O mesmo produto vindo de Portugal, ainda segundo a Abit, custa em torno de US$ 140 (quase R$ 290). Pelos cálculos da Raphy, o custo de uma peça equivalente, mas fabricada com tecido e mão de obra brasileira sai por R$ 80,00. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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