Terça-feira é dia D para a troca títulos soberanos
Esta terça-feira (29/7) é o dia D para a troca de títulos da dívida externa (swap). Anunciado na última sexta-feira (25/7), a operação não foi bem recebida pelo mercado nesta segunda-feira (28/7). As propostas para a troca só serão aceitas até às 14 horas de hoje. O resultado da troca será divulgado nesta quarta-feira (30/7). […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.
Esta terça-feira (29/7) é o dia D para a troca de títulos da dívida externa (swap). Anunciado na última sexta-feira (25/7), a operação não foi bem recebida pelo mercado nesta segunda-feira (28/7). As propostas para a troca só serão aceitas até às 14 horas de hoje. O resultado da troca será divulgado nesta quarta-feira (30/7).
O Brasil está substituindo bradies (Par-Bonds, Discount-bonds e C-Bonds, papéis renegociados durante a crise da dívida externa nos anos 80, que muitos fundos não podem incluir em suas carteiras) por títulos Globals, com vencimentos em 2011 e 2024 (papéis novos, que podem ser adquiridos pelos fundos sem restrições e têm vencimentos mais longos). O objetivo do governo é alongar o perfil da dívida externa brasileira e reduzir seu custo.
Segundo a Gap Asset Management, a operação de troca não repercutiu bem no mercado. "Há rumores de que a operação não estaria sendo percebida como atrativa pelos investidores, o que tem contribuído para o tom negativo dos mercados", afirma relatório divulgado pelos analistas da Gap.
Na avaliação dos analistas do Unibanco, a troca de grande parte dos papéis deve ser bem-sucedida. "Acreditamos que grande parte do Par-Bond e do Discount-bond serão trocados pelos Global 2011 e Global 2024 , diz relatório diário do banco divulgado na manhã de hoje. Por outro lado, a troca do C-Bond pode ser menos expressiva.
O C-Bond, principal título da dívida brasileira, fechou com queda de 1,49%, cotado a 89,04% do valor de face. A queda teria sido influenciada pelos rumores de fracasso da operação porque os juros oferecidos estariam abaixo do desejado. O risco país também registrou alta e não acompanhou o bom desempenho de títulos de outros países emergentes, que tiveram um dia de queda. O risco Brasil fechou em 755 pontas, uma alta de 2,17%.