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Tendência é déficit piorar, opina a MCM Consultores

Segundo economista, rombo nos cofres do governo deve ficar negativo em torno de US$ 88 bilhões este ano, na comparação com déficit de US$ 81,100 bilhões de 2013

Dinheiro: projeção de agravamento de contas externas dependerá de quem for presidente, disse economista (Marcos Santos/usp imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 14h39.

São Paulo - O agravamento das transações correntes em setembro, para déficit de US$ 7,907 bilhões, foi puxado em grande parte pelo saldo negativo da balança comercial , de US$ 939 milhões, depois de um superávit de quase US$ 2,000 bilhões em setembro de 2013.

A avaliação é da economista Carolina Yumi Sato, da MCM Consultores, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Segundo ela, os déficits nas rubricas de serviços, de US$ 4,708 bilhões, renda, de US$ 2,392 bilhões, e viagens, de US$ 1,894 bilhão, também reforçaram o quadro de piora das transações correntes.

"O aumento da renda segue ajudando a conta viagem e a elevar o déficit", disse

A economista não vislumbra melhora nas contas externas nos próximos meses.

Segundo ela, o rombo nos cofres do governo deve ficar negativo em torno de US$ 88 bilhões este ano, na comparação com déficit de US$ 81,100 bilhões de 2013.

"O acumulado em 12 meses até setembro está negativo em US$ 83,557 bilhões (equivalente a 3,70% do PIB). Piorou. Estava em US$ 78,400 bilhões em 12 meses até agosto", afirmou.

Além das perspectivas desfavoráveis nos próximos meses, Carolina também não vislumbra melhora significativa nas transações correntes em 2015.

A expectativa de agravamento das contas externas, disse, vai depender de quem for o presidente eleito neste domingo.

No entanto, ressaltou, não será um ano fácil. "Deve continuar com déficit entre US$ 75 bilhões e US$ 80 bilhões", estimou.

De acordo com a economista, a previsão de crescimento fraco do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, além da estimativa de expansão menor da economia mundial, irão continuar impossibilitando um déficit menos intenso das contas externas em 2015.

"Lá fora, a recuperação não deve ser tão forte e as exportações não devem disparar", disse.

O resultado das transações correntes de setembro, de US$ 7,907 bilhões, veio mais intenso que o esperado pela MCM Consultores, de saldo negativo de US$ 7,700 bilhões, e também mais elevado que a mediana do AE Projeções, de -US$ 7,300 bilhões.

Para o IED, a expectativa da consultoria era entrada de US$ 3,400 bilhões, exatamente como mostrava a mediana da pesquisa.

O Banco Central, no entanto, informou que houve entrada de US$ 4,214 bilhões no nono mês deste ano.

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São Paulo - O agravamento das transações correntes em setembro, para déficit de US$ 7,907 bilhões, foi puxado em grande parte pelo saldo negativo da balança comercial , de US$ 939 milhões, depois de um superávit de quase US$ 2,000 bilhões em setembro de 2013.

A avaliação é da economista Carolina Yumi Sato, da MCM Consultores, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Segundo ela, os déficits nas rubricas de serviços, de US$ 4,708 bilhões, renda, de US$ 2,392 bilhões, e viagens, de US$ 1,894 bilhão, também reforçaram o quadro de piora das transações correntes.

"O aumento da renda segue ajudando a conta viagem e a elevar o déficit", disse

A economista não vislumbra melhora nas contas externas nos próximos meses.

Segundo ela, o rombo nos cofres do governo deve ficar negativo em torno de US$ 88 bilhões este ano, na comparação com déficit de US$ 81,100 bilhões de 2013.

"O acumulado em 12 meses até setembro está negativo em US$ 83,557 bilhões (equivalente a 3,70% do PIB). Piorou. Estava em US$ 78,400 bilhões em 12 meses até agosto", afirmou.

Além das perspectivas desfavoráveis nos próximos meses, Carolina também não vislumbra melhora significativa nas transações correntes em 2015.

A expectativa de agravamento das contas externas, disse, vai depender de quem for o presidente eleito neste domingo.

No entanto, ressaltou, não será um ano fácil. "Deve continuar com déficit entre US$ 75 bilhões e US$ 80 bilhões", estimou.

De acordo com a economista, a previsão de crescimento fraco do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, além da estimativa de expansão menor da economia mundial, irão continuar impossibilitando um déficit menos intenso das contas externas em 2015.

"Lá fora, a recuperação não deve ser tão forte e as exportações não devem disparar", disse.

O resultado das transações correntes de setembro, de US$ 7,907 bilhões, veio mais intenso que o esperado pela MCM Consultores, de saldo negativo de US$ 7,700 bilhões, e também mais elevado que a mediana do AE Projeções, de -US$ 7,300 bilhões.

Para o IED, a expectativa da consultoria era entrada de US$ 3,400 bilhões, exatamente como mostrava a mediana da pesquisa.

O Banco Central, no entanto, informou que houve entrada de US$ 4,214 bilhões no nono mês deste ano.

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