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Temer estuda privatizações para diminuir déficit, diz fonte

O governo provisório estuda a venda de ativos estatais para reforçar as contas públicas e também a realização de uma auditoria na Caixa, diz fonte

Michel Temer: equipe de Temer é consciente de que precisa avançar cuidadosamente no que diz respeito à venda de ativos ligados à Petrobras (Paulo Whitaker / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 21h43.

O presidente interino do Brasil, Michel Temer , está estudando a venda de ativos estatais para reforçar as contas públicas e também a realização de uma auditoria na Caixa Econômica Federal , segundo um representante do governo com conhecimento direto do assunto.

Uma força-tarefa do governo avaliará a venda de participações em empresas como Furnas Centrais Elétricas e BR Distribuidora, uma unidade da Petrobras, disse o representante, que pediu anonimato porque os planos não são públicos. A intenção é ajudar a conter o déficit, quase recorde, e melhorar a eficiência das empresas estatais.

Os planos são, até o momento, o sinal mais claro de mudança política desde a semana passada, quando o Senado afastou a presidente Dilma Rousseff, que havia ampliado o papel do governo e das empresas estatais na economia.

Temer, que nomeou o que o Goldman Sachs chamou de “time dos sonhos” de assessores econômicos, enfrenta a delicada tarefa de adotar medidas de austeridade impopulares e tirar o país de sua pior recessão em mais de um século sem gerar protestos entre os brasileiros, que estão em alerta com a crise.

A equipe de Temer é consciente de que precisa avançar cuidadosamente no que diz respeito à venda de ativos ligados à Petrobras, instituição brasileira vista por muitos como motivo de orgulho nacional, disse a pessoa.

A possibilidade de vender uma participação na BR Distribuidora já havia sido ventilada anteriormente porque no ano passado a Petrobras passou a se concentrar em seu negócio principal, que é a produção de petróleo.

Temer está tentando encontrar formas de encher os cofres públicos rapidamente depois que a recessão minou a receita tributária e mais do que triplicou o déficit orçamentário.

Seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse em entrevista na televisão, na noite de quarta-feira, que a equipe econômica está analisando outras medidas para reforçar o orçamento, incluindo uma reforma previdenciária, que poderia englobar a mudança na idade mínima para aposentadoria. Ele disse que a recuperação econômica nos próximos trimestres dependerá, em grande parte, da velocidade do Congresso para aprovar as propostas.

O time econômico de Temer também está priorizando as discussões para renegociar a dívida dos estados antes de o Supremo Tribunal Federal chegar a uma decisão a respeito de como os governos estaduais deverão pagar juros ao governo federal.

Uma decisão judicial permitindo que os estados paguem juros simples em vez de juros compostos pressionaria o tesouro e poderia minar o sistema financeiro do Brasil, estabelecendo um precedente que poderia ser aplicado a outros tipos de empréstimos, incluindo cartões de crédito e financiamentos automotivos, disse o representante não identificado do governo.

A situação financeira da Caixa Econômica Federal, segundo maior credor do Brasil, poderá exigir uma auditoria interna para determinar a extensão de seus problemas financeiros, disse o representante.

A Caixa, que tem uma participação de 67 por cento no mercado de crédito imobiliário do Brasil, viu as taxas de inadimplência subirem para 3,51 por cento no primeiro trimestre, contra 2,85 por cento um ano antes. A assessoria de imprensa do banco preferiu não comentar sobre a possibilidade de uma auditoria.

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O presidente interino do Brasil, Michel Temer , está estudando a venda de ativos estatais para reforçar as contas públicas e também a realização de uma auditoria na Caixa Econômica Federal , segundo um representante do governo com conhecimento direto do assunto.

Uma força-tarefa do governo avaliará a venda de participações em empresas como Furnas Centrais Elétricas e BR Distribuidora, uma unidade da Petrobras, disse o representante, que pediu anonimato porque os planos não são públicos. A intenção é ajudar a conter o déficit, quase recorde, e melhorar a eficiência das empresas estatais.

Os planos são, até o momento, o sinal mais claro de mudança política desde a semana passada, quando o Senado afastou a presidente Dilma Rousseff, que havia ampliado o papel do governo e das empresas estatais na economia.

Temer, que nomeou o que o Goldman Sachs chamou de “time dos sonhos” de assessores econômicos, enfrenta a delicada tarefa de adotar medidas de austeridade impopulares e tirar o país de sua pior recessão em mais de um século sem gerar protestos entre os brasileiros, que estão em alerta com a crise.

A equipe de Temer é consciente de que precisa avançar cuidadosamente no que diz respeito à venda de ativos ligados à Petrobras, instituição brasileira vista por muitos como motivo de orgulho nacional, disse a pessoa.

A possibilidade de vender uma participação na BR Distribuidora já havia sido ventilada anteriormente porque no ano passado a Petrobras passou a se concentrar em seu negócio principal, que é a produção de petróleo.

Temer está tentando encontrar formas de encher os cofres públicos rapidamente depois que a recessão minou a receita tributária e mais do que triplicou o déficit orçamentário.

Seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse em entrevista na televisão, na noite de quarta-feira, que a equipe econômica está analisando outras medidas para reforçar o orçamento, incluindo uma reforma previdenciária, que poderia englobar a mudança na idade mínima para aposentadoria. Ele disse que a recuperação econômica nos próximos trimestres dependerá, em grande parte, da velocidade do Congresso para aprovar as propostas.

O time econômico de Temer também está priorizando as discussões para renegociar a dívida dos estados antes de o Supremo Tribunal Federal chegar a uma decisão a respeito de como os governos estaduais deverão pagar juros ao governo federal.

Uma decisão judicial permitindo que os estados paguem juros simples em vez de juros compostos pressionaria o tesouro e poderia minar o sistema financeiro do Brasil, estabelecendo um precedente que poderia ser aplicado a outros tipos de empréstimos, incluindo cartões de crédito e financiamentos automotivos, disse o representante não identificado do governo.

A situação financeira da Caixa Econômica Federal, segundo maior credor do Brasil, poderá exigir uma auditoria interna para determinar a extensão de seus problemas financeiros, disse o representante.

A Caixa, que tem uma participação de 67 por cento no mercado de crédito imobiliário do Brasil, viu as taxas de inadimplência subirem para 3,51 por cento no primeiro trimestre, contra 2,85 por cento um ano antes. A assessoria de imprensa do banco preferiu não comentar sobre a possibilidade de uma auditoria.

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