O ministro da Fazenda, Guido Mantega: medida também barateia financiamentos já tomados (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 18h57.
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira que a taxa de juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para financiar máquinas e equipamentos será de 3% ao ano no primeiro semestre de 2013 e subirá para 3,5% no segundo semestre. "Assim teremos um programa anual de modo que as empresas possam se programar", disse o ministro. Segundo ele, as empresas podem ter previsão para investir.
Mantega disse que é importante que o setor privado participe do investimento no País. Ele destacou que o prazo de pagamento do crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é de até 120 meses, ou seja, 10 anos. Segundo Mantega, isso faz com que as empresas já estejam usufruindo do retorno dos investimentos antes de terem que fazer os pagamentos.
A nova linha de crédito para o PSI em 2013 terá um volume de recursos de R$ 100 bilhões. Segundo ele, R$ 85 bilhões serão tomados no sistema do Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelos bancos credenciados na instituição. O restante, os outros R$ 15 bilhões, vão ser destinados diretamente ao sistema bancário. Mantega disse que o novo PSI também terá liberação mais rápida e com menos burocracia.
O ministro anunciou que haverá também uma linha de crédito para financiamento de leasing. "A empresa que não precisa comprar máquinas e equipamentos poderá fazer leasing com taxas do PSI", afirmou.
Mantega destacou que o programa tem taxas de juros muito reduzidas e financia principalmente máquinas e equipamentos, peças e componentes, ônibus e caminhões e exportações.
TJLP
Mantega anunciou também a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 5,5% para 5% ao ano, a partir de janeiro. Segundo ele, a medida barateia as linhas de financiamento do BNDES, não somente as novas, mas também os financiamentos já tomados. Ele destacou que haverá uma redução de todo o estoque do BNDES, que gira entre R$ 400 bilhões e R$ 450 bilhões. "Todos que tomaram crédito se beneficiarão e estamos reduzindo o custo do financiamento no Brasil", disse Mantega.