Taxa de desemprego no Brasil cai para 8% no segundo trimestre, a menor para o período desde 2014
No segundo trimestre de 2023 o Brasil registrou de 8,6 milhões de pessoas desempregadas, uma queda de 8,3% em relação ao trimestre anterior e de 14,2% se comparado ao mesmo período de 2022
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 28 de julho de 2023 às 09h05.
Última atualização em 28 de julho de 2023 às 10h13.
A taxa de desemprego ficou em 8% no trimestre encerrado em junho de 2023. O resultado é representa uma redução de 0,8% em relação ao trimestre de janeiro a março e 1,3% se comparado ao mesmo período de 2022.É a menor taxa para um trimestre encerrado em junho desde 2014. A expectativa do mercado financeiro era de uma taxa de 8,3%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 28, peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- IBGE divulga taxa de desemprego nesta sexta-feira; saiba o que esperar
- Brasil é o país que mais faz buscas por tatuagem na internet
- PIB da Alemanha fica estável no 2º trimestre em relação aos três meses anteriores
- Capacidade de geração de energia renovável na China ultrapassa 1,3 bilhão de quilowatts
- Além do dinheiro: fundadores de startups precisam buscar fundos que agreguem para o negócio
- Foco no futuro do negócio
Desemprego no Brasil em junho de 2023
- A taxa de desemprego no Brasil ficou em8% no trimestre deabril a junho de 2023
Destaques da pesquisa de desemprego no Brasil
- Taxa de desocupação: 8%
- População desocupada: 8,6 milhões de pessoas
- População ocupada: 98,9 milhões
- Nível de ocupação: 56,6%
- População fora da força de trabalho: 67,1 milhões
- População desalentada: 3,7 milhões
- Empregados com carteira assinada: 36,8 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,1 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
- Taxa de informalidade: 39,2%
No segundo trimestre de 2023, o Brasil registrou de 8,6 milhões de pessoas desempregadas, uma queda de 8,3% em relação ao trimestre anterior e de 14,2% se comparado ao mesmo período de 2022. O número de pessoas ocupadas, por sua vez, foi de 98,9 milhões, aumento de 1,1% na comparação trimestral e de 0,7% na anual.
"O segundo trimestre registrou recuo da taxa de desocupação, após crescimento no primeiro trimestre do ano. Esse movimento aponta para recuperação de padrão sazonal desse indicador. Pelo lado da ocupação, destaca-se a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano", destacou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
Aumento de trabalhadores sem carteira assinada
A pesquisa revelou que os trabalhadoresno setor privado sem carteira de trabalho assinada chegou a 13,1 milhão de pessoas, alta 2,4% na comparação trimestral. A taxa de informalidade foi de 39,2% no segundo trimestre, ante uma taxa de 39,0% no primeiro trimestre, e de 40,0% no mesmo período de 2022. “O tipo de vínculo que se destaca como responsável pelo crescimento da ocupação vem de um dos segmentos da informalidade, que é o emprego sem carteira assinada”, acrescenta Adriana.
Em relação aos 5,8 milhões de trabalhadores domésticos, houve aumento de 2,6% no confronto com o trimestre anterior. Na comparação com o trimestre de abril a junho de 2022, o cenário foi de estabilidade.
O número de empregados no setor público (12,2 milhões de pessoas), por sua vez, cresceu 3,8% frente ao trimestre anterior. Quando se compara com o mesmo trimestre de 2022 houve alta de 3,1%, um acréscimo de 365 mil pessoas.
Taxa de desalentados cai no trimestre
A taxa de população desalentada --– pessoas que desistiram de procurar emprego porque não tem esperanças de que irão encontrar --, ficando em 3,7 milhões. Frente ao trimestre anterior a redução foi de 5,1% (menos 199 mil pessoas) e, na comparação anual, de 13,9% (menos 593 mil pessoas). O percentual de desalentados na força de trabalho (3,3%) caiu 0,2 p.p. no trimestre e 0,5 p.p. no ano.
A população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões, permanecendo estável em relação ao trimestre anterior e crescendo 3,6% (mais 2,3 milhões de pessoas) quando comparada ao mesmo trimestre de 2022.
Renda do trabalhador fica estável
O rendimento real habitual ficou em R$ 2.921, estabilidade em relação ao trimestre anterior e alta de 6,2% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 284,1 bilhões) também ficou estável contra o trimestre anterior, mas subiu 7,2% na comparação anual (mais R$ 19 bilhões).