Economia

Taxa de desemprego aumenta na região metropolitana de SP

A taxa aumentou de 9,8% em novembro para 9,9% em dezembro, de acordo com pesquisa da Fundação Seade e do Dieese


	Empregos: no horizonte mais longo, de 12 meses, a taxa média de desemprego no encerramento de 2014 sobe para 10,8%, ante 10,4%
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Empregos: no horizonte mais longo, de 12 meses, a taxa média de desemprego no encerramento de 2014 sobe para 10,8%, ante 10,4% (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 17h05.

São Paulo - A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo aumentou de 9,8%, em novembro, para 9,9% em dezembro, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Mas, no horizonte mais longo, de 12 meses, a taxa média de desemprego no encerramento de 2014 sobe para 10,8%, ante 10,4% em dezembro do ano anterior, de acordo com o coordenador de Análise da Fundação Seade, Alexandre Loloian.

Comparação mais apropriada, segundo ele, porque ser refere a um horizonte mais amplo, no qual houve aumento do desemprego na Grande São Paulo em nove dos 12 meses analisados.

Loloian disse à Agência Brasil que a comparação de novembro com dezembro de 2014 mostra uma "quase estabilidade" da taxa de desemprego, mas na relação anual "já se observa uma tendência de aumento do desemprego".

Afinal, não se pode esquecer, segundo ele, que 2014 foi um ano economicamente mais fraco que 2013, quando o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) registrou crescimento de 2,3%, enquanto ficou próximo de zero no ano passado.

O contingente de desempregados foi calculado em 1,073 milhão de pessoas pela pesquisa Seade/Dieese. Esse número é decorrente da redução da população economicamente ativa (PEA) em 0,7%, com 80 mil pessoas deixando o mercado de trabalho e de uma queda do nível de ocupação, que eliminou 83 mil postos de trabalho, o que corresponde a uma queda de 0,8%.

Os dados mostram também que em dezembro o nível de ocupação variou -0,8% e o número de ocupados foi estimado em 9,764 milhões de pessoas.

O resultado foi em função da queda de empregados no setor de serviços (-1,9%), com a eliminação de 107 mil postos de trabalho; e da redução de 2% (33 mil empregos a menos) na indústria. No comércio e reparação de veículos e motocicletas houve elevação de 3,9%, com a criação de 64 mil postos de trabalho; e na construção civil houve crescimento de 0,4%, com 3 mil novas vagas.

De acordo com a pesquisa, entre outubro e novembro o rendimento médio real dos ocupados e assalariados cresceu de R$ 1,904 mil para R$ 1,909 mil. A massa de rendimentos dos ocupados cresceu 0,2% e a dos assalariados 0,3%.

O número de assalariados caiu 0,4% em dezembro, puxado pela redução de 0,7% no número de assalariados, com carteira assinada, da iniciativa privada, enquanto os ganhos dos trabalhadores autônomos melhoraram 2,6%.

Houve melhora também, de 2,3%, nos salários de serviços domésticos.

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