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Tarifa Externa Comum do Mercosul pode ser reduzida em 20%

Também está em análise a redução de tarifas de importação sobre bens de capital e de informática, o que não dependeria de aprovação do Mercosul

Paulo Guedes, ministro da Economia, defende abertura gradual da economia (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 08h58.

O governo brasileiro negocia a redução da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul em pelo menos 20% a partir de 2021. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a ideia está em discussão na equipe econômica.

A intenção é que o corte seja gradual, mas já iniciando neste ano. Também está em análise a redução de tarifas de importação sobre bens de capital e de informática, o que pode ser feito sem o aval do Mercosul.

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O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na quinta-feira, dia 11, em evento virtual, que anunciaria em breve “passos para a reabertura da economia”.

A redução de tarifas, porém, não foi bem recebida pelo setor privado e parte da equipe do ministro acha que não é hora de abrir mais a economia brasileira, por causa da pandemia. Segundo o Estadão/Broadcast apurou, Guedes é favorável à abertura - que vem sendo prometida por ele desde a campanha de 2018 -, mas, diante da reação do setor privado, o ministro ainda não bateu o martelo sobre como e quando isso será feito.

A TEC é a tarifa cobrada por todos os países do Mercosul na importação de produtos de fora do bloco e hoje está em média em 13,5%.


Procurada, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu a abertura comercial por meio de uma agenda de negociação de “acordos equilibrados e do aprofundamento da agenda econômica do Mercosul”. “No âmbito do Mercosul, qualquer alteração da TEC deve, necessariamente, passar primeiro por consulta pública abrangente, com a participação de representações empresariais de todos os setores econômicos do Brasil e dos demais países do bloco”, afirmou, em nota.

A CNI disse ainda que o acesso ao mercado brasileiro de maneira negociada traz “menores riscos econômicos e sociais, entre eles o do aumento no desemprego”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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