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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.
A suspensão das importações de aves dos Estados Unidos pela Europa, pela Coréia do Sul e pelo México, anunciada nesta semana, surge como uma nova oportunidade de o Brasil se firmar como o maior exportador de frango do mundo. Em 2003, o país consagrou-se como o número um em receita com as vendas externas do produto (ao vender 1,709 bilhão de dólares), perdendo o primeiro lugar para os Estados Unidos em termos de volume (o Brasil exportou 1,922 milhão de toneladas).
Os desdobramentos da suspensão das importações do frango americano parecem já favorecer os produtores brasileiros. Há quase uma semana no Brasil, uma missão da Coréia do Sul analisa as condições sanitárias e empresariais para começar a importar o produto. Uma missão japonesa um dos principais importadores mundiais - estuda junto aos empresários brasileiros a possibilidade de aumentar as compras brasileiras.
A detecção da gripe aviária em dois estados americanos Texas e Delaware poderá ainda abrir as portas para o mercado mais cobiçado pelo mundo e pelo Brasil: a Rússia, principal cliente dos EUA. Segundo reportagem do The Wall Street Journal, o governo russo já pensa em expandir para todo o país a proibição das importações de frango já decretada para os estados infectados. Caso consiga exportar mais para a Rússia, segundo maior consumidor individual da ave brasileira, o empresariado poderá parar de preocupar-se com a queda de 7% nas exportações do setor em 2004 em razão da redução de cotas imposta pela Rússia.
A fim de evitar a contaminação, o Brasil também proibiu a importação de frango de países em que há a gripe aviária ou onde ela não foi totalmente exterminada. Atualmente, 14 países estão proibidos de exportar frango e seus derivados, inclusive material genético, para o Brasil. Entre eles, estão os Estados Unidos, cuja suspensão foi decretada pelo Ministério da Agricultura em 10 de fevereiro.