Economia

Sul lidera crescimento da atividade econômica, diz BC

A região registrou alta de 6,5% em relação ao trimestre finalizado em fevereiro


	Agricultura: o desempenho é explicado, segundo o BC, pela recuperação do setor agrícola e seus reflexos sobre a indústria
 (Vincent Mundy/Bloomberg)

Agricultura: o desempenho é explicado, segundo o BC, pela recuperação do setor agrícola e seus reflexos sobre a indústria (Vincent Mundy/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2013 às 15h12.

Brasília e Belém - A Região Sul apresentou o melhor desempenho de atividade econômica no trimestre encerrado no mês de maio, com alta de 6,5% em relação ao trimestre finalizado em fevereiro, de acordo com o Boletim Regional Trimestral, documento que traz indicadores econômicos das regiões do País e divulgado nesta segunda-feira, 12, em Belém (PA).

Segundo o BC, os principais indicadores de atividade apontaram maior dinamismo da economia do Sul no segundo trimestre, em comparação ao trimestre anterior. Esse desempenho é explicado, em grande parte, diz o BC, pela recuperação do setor agrícola e seus reflexos sobre a indústria, não obstante a moderação observada no setor de serviços. Enquanto os índices de atividade do Norte e Sudeste caíram, no Centro-Oeste e Nordeste subiram 0,5%.

O Banco Central informou que a evolução dos principais indicadores econômicos mostra continuidade do crescimento da atividade no trimestre encerrado em maio. "Vale ressaltar, entretanto, heterogeneidade nos desempenhos regionais, em parte determinada, de um lado, pelo crescimento significativo da agropecuária e de setores específicos da indústria, e, de outro, pela moderação nas atividades na indústria extrativa e em determinados segmentos do comércio", diz o BC.

A instituição informou que o crescimento econômico tem ocorrido de forma desigual. A agropecuária, por exemplo, tem contribuído para o bom desempenho do Sul e do Centro-Oeste, mas o contrário se verifica no Norte. O BC ressalta ainda que o mercado de trabalho, não obstante o ritmo mais moderado verificado, segue em expansão e representa um suporte para o consumo. E que a produção industrial tem se expandido, em particular, no segmento de bens de capital.


Sudeste

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apontou queda de 0,3% para a região Sudeste no trimestre encerrado em maio de 2013, ante o trimestre anterior, quando o índice registrara alta de 1,4%. O índice do BC é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada três meses.

No Boletim Regional Trimestral, o BC destaca ainda que a atividade econômica do Sudeste arrefeceu no período acima, refletindo, segundo a instituição, a acomodação das vendas do comércio ampliado e da produção industrial.

Nordeste

O ritmo de crescimento da economia do Nordeste no trimestre considerado moderou. O índice na região subiu 0,5% entre março e maio em relação ao trimestre anterior. A produção da indústria nordestina apresentou contração de 0,3%, com destaque para os recuos de 8,2% nas atividades têxtil e de 3,1% de aparelhos e materiais elétricos.

Norte

No Norte, a atividade econômica também arrefeceu no trimestre encerrado em maio, em parte, segundo o BC, ao desempenho negativo da indústria extrativa. O Índice de Atividade Econômica Regional da Região Norte recuou 0,6% no período.

Centro-Oeste

Já a atividade econômica no Centro-Oeste se manteve em expansão no trimestre terminado em maio, com crescimento na indústria extrativa e no comércio e retração na indústria de transformação. O Índice de Atividade Econômica do Centro-Oeste cresceu 0,5% no trimestre encerrado em maio, em relação ao terminado em fevereiro, quando havia aumentado 1,3%. De acordo com o BC, O desempenho da economia da região deverá ser favorecido, nos próximos meses, pelos ganhos da renda agrícola, com impactos relevantes sobre o comércio local, e pelas vendas externas.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoIndicadores econômicosMercado financeiroPIBSul

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor