Suíços votarão sobre salários de altos executivos
Se a iniciativa for aprovada, como preveem as pesquisas, a Suíça "terá o direito de sociedade anônima mais rígido do mundo"
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2013 às 15h14.
Genebra - Os suíços irão às urnas no próximo domingo para votar se aprovam as "remunerações abusivas" dos chefes de empresas, cujos valores astronômicos levaram 100.000 pessoas a promover uma iniciativa popular para discutir a questão.
A iniciativa popular é um direito da população suíça para modificar uma lei. Caso consiga reunir 100.000 assinaturas em nível federal num prazo de 18 meses, um tema pode ser submetido à votação.
O texto que será referendado no próximo domingo, chamado iniciativa Minder (nome do criador), reforça consideravelmente os direitos dos acionistas para impedir o pagamento de salários e bônus muito altos, como os 15 milhões de francos suíços (12 milhões de euros) pagos em 2011 ao diretor da farmacêutica Novartis; os 10 milhões para o chefão da alimentícia Lindt & Sprüngli, Ernst Tanner; os 12,5 milhões para o chefe da Roche, Severin Schwan; ou os 11,2 milhões para o patrão da Nestlé, Paul Bulcke.
Se a iniciativa for aprovada, como preveem as pesquisas, a Suíça "terá o direito de sociedade anônima mais rígido do mundo", advertiram os opositores, reunidos num comitê chamado "não à iniciativa Minder".
Segundo Thomas Minder, que dirige uma pequena empresa familiar especializada em produtos capilares e em produtos bucais, a Trybol SA, os excessos salariais dos grandes executivos se explicam pela falta de ação dos conselhos administrativos, que são "incapazes de controlar os salários da direção", como declarou em entrevista ao jornal Le Temps.
Em vez de fazer reservas, e depois pagar um dividendo de pelo menos 5% aos acionistas, como prevê a lei, os conselhos de administração oferecem "salários astronômicos aos dirigentes antes de todo o resto".
Minder lançou sua ideia em 2006, e foi preciso que ele esperasse sete anos para que o texto finalmente fosse apresentado aos eleitores, pois o Parlamento suíço se opôs ferozmente à ideia, para adotar de última hora uma contra-proposta menos ambiciosa.
Se o texto for aprovado será preciso esperar mais de um ano antes que ele seja efetivamente aplicado.
O governo suíço deverá redigir um projeto de lei respeitando as principais disposições da iniciativa, e depois levar ao parlamento para aprovação.
Genebra - Os suíços irão às urnas no próximo domingo para votar se aprovam as "remunerações abusivas" dos chefes de empresas, cujos valores astronômicos levaram 100.000 pessoas a promover uma iniciativa popular para discutir a questão.
A iniciativa popular é um direito da população suíça para modificar uma lei. Caso consiga reunir 100.000 assinaturas em nível federal num prazo de 18 meses, um tema pode ser submetido à votação.
O texto que será referendado no próximo domingo, chamado iniciativa Minder (nome do criador), reforça consideravelmente os direitos dos acionistas para impedir o pagamento de salários e bônus muito altos, como os 15 milhões de francos suíços (12 milhões de euros) pagos em 2011 ao diretor da farmacêutica Novartis; os 10 milhões para o chefão da alimentícia Lindt & Sprüngli, Ernst Tanner; os 12,5 milhões para o chefe da Roche, Severin Schwan; ou os 11,2 milhões para o patrão da Nestlé, Paul Bulcke.
Se a iniciativa for aprovada, como preveem as pesquisas, a Suíça "terá o direito de sociedade anônima mais rígido do mundo", advertiram os opositores, reunidos num comitê chamado "não à iniciativa Minder".
Segundo Thomas Minder, que dirige uma pequena empresa familiar especializada em produtos capilares e em produtos bucais, a Trybol SA, os excessos salariais dos grandes executivos se explicam pela falta de ação dos conselhos administrativos, que são "incapazes de controlar os salários da direção", como declarou em entrevista ao jornal Le Temps.
Em vez de fazer reservas, e depois pagar um dividendo de pelo menos 5% aos acionistas, como prevê a lei, os conselhos de administração oferecem "salários astronômicos aos dirigentes antes de todo o resto".
Minder lançou sua ideia em 2006, e foi preciso que ele esperasse sete anos para que o texto finalmente fosse apresentado aos eleitores, pois o Parlamento suíço se opôs ferozmente à ideia, para adotar de última hora uma contra-proposta menos ambiciosa.
Se o texto for aprovado será preciso esperar mais de um ano antes que ele seja efetivamente aplicado.
O governo suíço deverá redigir um projeto de lei respeitando as principais disposições da iniciativa, e depois levar ao parlamento para aprovação.