Economia

Suécia tem arma secreta para atrair as empresas de tecnologia

Lei aprovada em janeiro deve impulsionar atratividade do país em quesito essencial para as empresas do ramo

Data center do Facebook na Suécia (Simon Dawson/Bloomberg)

Data center do Facebook na Suécia (Simon Dawson/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 16 de abril de 2017 às 08h00.

Última atualização em 16 de abril de 2017 às 08h00.

São Paulo - A Suécia quer se tornar a casa ideal para os data centers das empresas de tecnologia.

Em janeiro, entrou em vigor no país uma lei que corta 97% do imposto sobre a eletricidade utilizada por qualquer data center, novo ou antigo, que ultrapasse o consumo de 0,5 megawatt.

O benefício já estava disponível para as plantas de manufatura e indústria pesada da Suécia, então não é exatamente um privilégio.

O país já contava com força de trabalho preparada e infraestrutura tecnológica de primeira, mas tinha o custo de energia entre suas desvantagens em relação aos seus vizinhos (e competidores).

A queda na conta de eletricidade deve chegar a 40%, uma economia e tanto considerando que esse é um dos principais custos fixos desse tipo de operação.

Entre os beneficiados imediatos estão empresas como Facebook, que abriu um data center sueco em 2013, e a Amazon, que anunciou recentemente a abertura de uma instalação do tipo em 2018.

Também não atrapalha o fato de que a Suécia tem uma matriz energética mais limpa do que a de seus vizinhos, o que pega bem para empresas de ponta que tem suas próprias metas de emissão de gases de efeito estufa.

E a economia agradece. No ano passado, um relatório do Boston Consulting Group calculou que em 2015 os data centers tinham uma participação direta de 0,15% no PIB da Suécia e empregavam 3.600 pessoas.

E o potencial de crescimento é enorme na próxima década, com criação de 27 mil empregos e a participação no PIB chegando a 0,45% em 2025.

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