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Sucesso da relação entre Brasil e Argentina é decisivo para o Mercosul

Na avaliação de Marco Aurélio Garcia, assessor especial do governo Lula, as economias menores do Mercosul precisam que os dois países se entendam

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.

O relacionamento entre Brasil e Argentina é decisivo para o sucesso do Mercosul. Na opinião do assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, os dois países têm a responsabilidade de alavancar as economias menores do Mercado Comum do Sul. "[Brasil e Argentina] são duas nações de peso internacional que têm uma complementaridade solidária e não hierárquica. Em torno desse eixo podem gravitar, sem desprezo de economias menores, os demais países que hoje estão filiados ao Mercosul e aqueles que estão associados, como Chile, Bolívia, Peru, Venezuela e Equador", afirma.

Segundo Garcia, as divergências entre os dois parceiros comerciais a respeito de cotas e salvaguardas especialmente no setor de eletrodomésticos podem ser resolvidas com o aprofundamento da integração econômica. "A nossa opinião é o que o melhor meio de resolver isso é aprofundando a integração econômica e garantindo certos mecanismos, por exemplo, de financiamentos argentinos." (Leia reportagem de EXAME sobre a briga entre Argentina e Brasil.)

A 27ª Reunião do Conselho do Mercado Comum e a Cúpula de Presidentes do Mercosul, programadas, respectivamente, para os dias 15 e 16 de dezembro, em Belo Horizonte, e para 17 de dezembro em Ouro Preto (MG), ocorrem em "um contexto de reorganização dessa associação regional". "No ano passado, em Assunção, foi definido o que se chama objetivo 2006 para o Mercosul, que prevê um aprofundamento da união aduaneira, um avanço na institucionalização do Mercosul, o reforço da secretaria executiva e da constituição do parlamento eleito por voto direto. Essas questões todas estão amadurecendo", diz o assessor especial para Assuntos Internacionais.

A 27ª reunião e a cúpula são precedidas da reunião técnica do Grupo Mercado Comum, iniciada ontem (13/12). O encontro é preparatório para os debates de amanhã até sexta-feira.

Com informações da Agência Brasil.

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