Economia

Sobre Refis, Maia afirma que "sempre" há caminho se houver acordo

Na semana passada, a Câmara aprovou, em votação simbólica, o texto-base da medida provisória que institui o programa, fruto de longas negociações

Maia: "Por acordo sempre tem caminho", disse a jornalistas (foto/Agência Brasil)

Maia: "Por acordo sempre tem caminho", disse a jornalistas (foto/Agência Brasil)

R

Reuters

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 21h39.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que mediante acordo é possível uma solução sobre a possibilidade de exclusão de um tema inserido de última hora no programa de regularização de dívidas do governo, o chamado Refis.

"Por acordo sempre tem caminho", disse a jornalistas, sobre a possibilidade de retirar do texto a opção de renegociação de dívidas junto à Procuradoria-Geral da União.

Na semana passada, a Câmara aprovou, em votação simbólica, o texto-base da medida provisória que institui o programa, fruto de longas negociações.

Os termos da medida chancelada por deputados foram definidos por uma chamada emenda aglutinativa, englobando os pontos acordados entre deputados e a área política do governo.

Segundo críticos, a inclusão da possibilidade de refinanciar dívidas junto à PGU amplia o escopo do programa e tem o potencial de permitir a renegociação de dívidas não tributárias, adquiridas a partir de autuações de órgãos de controle.

Em nota, o relator da MP, deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) disse que "a inclusão da Procuradoria-Geral da União foi para permitir que os partidos políticos pudessem fazer o parcelamento das suas multas eleitorais".

"As multas relativas a atos de corrupção não podem ser perdoadas no âmbito do Pert (Programa Especial de Regularização Tributária), pois este se restringe a multas de ofício, isoladas e moratórias, as quais são de natureza tributária, não punitiva", acrescenta a nota.

Sobre a possibilidade de apresentação de um destaque ao texto já aprovado, para retirar essa previsão, Maia foi suscinto: "Vamos ver amanhã."

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosImpostosMinistério da FazendaRodrigo Maia

Mais de Economia

Após enchentes, atividade econômica no RS recua 9% em maio, estima Banco Central

Lula se reúne hoje com equipe econômica para discutir bloqueios no Orçamento deste ano

CCJ do Senado adia votação da PEC da autonomia financeira do BC

Por que Países Baixos e Reino Unido devem perder milionários nos próximos anos?

Mais na Exame