Economia

Sindicato de SP projeta retração maior na construção civil

Por culpa do PIB em queda, setor sofreria impactos negativos

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2015 às 16h09.

São Paulo - O Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP) avaliou hoje (29), em nota, que a redução do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas pelo país, “deverá impactar ainda mais o setor da construção civil”.

A economia brasileira recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior (outubro, novembro e dezembro de 2014), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estimativa do sindicato é que o PIB da construção sofra queda de 5,5% neste ano na comparação com o ano passado. Diante do atual cenário de recessão, a expectativa da entidade é que o resultado seja pior.

Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda do PIB é 1,6%. Em 12 meses, ele acumula queda de 0,9%.

Entre os segmentos industriais, a construção civil apresentou redução de 2,9% em relação ao primeiro trimestre de 2014.

Para o SindusCon-SP, o declínio da atividade da construção nos últimos 12 meses decorre da confluência dos seguintes fatores: diminuição dos investimentos, inflação, elevação dos juros, aumento do desemprego, redução da renda, diminuição da demanda por imóveis, atrasos de pagamentos do governo pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida, além da dificuldade de obtenção de crédito imobiliário.

“No ajuste fiscal, os investimentos do governo sofreram profundos cortes, o que fará cair ainda mais o volume de obras", disse na nota o presidente do sindicato patronal, José Romeu Ferraz Neto.

Ele comentou também a nova queda da taxa de investimentos anunciada pelo IBGE, de 1,3% em relação ao trimestre anterior e de 7,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. “Esses números denotam que os investimentos seguem em deterioração, o que é muito prejudicial ao desempenho da construção”.  

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasConstrução civilIndicadores econômicosMetrópoles globaisObras públicasPIBsao-paulo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor