Economia

Sinal amarelo significa atenção, diz Zimmermann

Secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia disse há pouco que governo acendeu "sinal amarelo" a respeito do nível dos reservatórios de hidrelétricas

Márcio Zimmermann: "Quando estou num ano hidrológico bom, estou com sinal verde. Quando estou num ano hidrológico não bom, é um sinal amarelo" (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Márcio Zimmermann: "Quando estou num ano hidrológico bom, estou com sinal verde. Quando estou num ano hidrológico não bom, é um sinal amarelo" (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 16h16.

Brasília - O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse há pouco que o governo acendeu o "sinal amarelo" a respeito do nível dos reservatórios das hidrelétricas, que caíram devido à seca. Segundo ele, isso significa que o governo está atento à situação.

"Quando estou num ano hidrológico bom, estou com sinal verde. Quando estou num ano hidrológico não bom, é um sinal amarelo", afirmou após participar de audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara.

"Sinal amarelo é atenção de observar e analisar todos os fatos. Periodicamente fazemos essa avaliações. Com sinal verde, estaria num ano hidrológico bom. Com sinal amarelo, estou analisando e acompanhando essa estação chuvosa", acrescentou. "Todo mundo sabe, tivemos em janeiro e fevereiro baixíssimas afluências nos nossos reservatórios. Isso é uma realidade que ocorreu no Brasil."

Zimmermann reiterou, no entanto, que o sistema elétrico brasileiro tem equilíbrio estrutural e disse que não é preciso adotar medidas de racionamento de energia. "O sistema está equilibrado, passando por um estresse hídrico", afirmou. Segundo ele, porém, houve uma melhora nos principais reservatórios da Região Sudeste. Esse cenário será avaliado até o fim de abril, quando termina o período de chuvas na região.

O secretário reiterou que o sistema brasileiro é interligado e as transferências de energia de uma região para outra têm ocorrido para suprir essa demanda. "Em 2001, houve um racionamento porque havia um desequilíbrio estrutural, ou seja, faltavam usinas. Não é o caso hoje, o sistema hoje está equilibrado estruturalmente, tem as usinas e as linhas."

Distribuidoras

Ele também disse que o impacto do pacote de medidas de ajuda às distribuidoras de energia será "praticamente anulado" pela entrada da energia das usinas da Cesp, Cemig e Copel no sistema. Essas empresas não aceitaram renovar antecipadamente suas concessões e, por isso, vendem energia a um preço mais elevado. Como os contratos vencem em 2015, o governo poderá leiloar essas usinas para um novo operador e obter uma energia mais barata.

Segundo Zimmermann, a entrada da energia das usinas da Cesp, Cemig e Copel para o sistema elétrico a um preço mais baixo trará uma economia de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões por ano ao sistema nos próximos 30 anos. De acordo com ele, esse efeito vai abater o aumento que a conta de luz teria com o pacote de auxílio financeiro às distribuidoras, que prevê que pelo menos parte dessa ajuda deve ser repassada às tarifas.

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