Economia

Sicoob tem resultado recorde de R$ 8,4 bi em 2023 e parte do recurso será distribuída aos cooperados

O volume de recursos que será repartido com os associados está em processo final de auditoria e ainda será anunciado oficialmente

Agência do Sicoob: cooperativa pretende abrir 200 novas unidades em 2024 (Divulgação/Divulgação)

Agência do Sicoob: cooperativa pretende abrir 200 novas unidades em 2024 (Divulgação/Divulgação)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 8 de abril de 2024 às 18h13.

Última atualização em 9 de abril de 2024 às 15h04.

O Sicoob, instituição financeira cooperativa com 7,9 milhões de associados, registrou resultado recorde R$ 8,4 bilhões em 2023, um aumento de 16,4% em comparação ao ano anterior. No cooperativismo de crédito não há lucro. Há sobras. E parte desses valores será distribuída aos cooperados após a conclusão de processo de auditoria que determinará o montante a ser repartido.

O resultado de 2023 se soma aos mais R$ 25,7 bilhões de economia comparativa de juros, tarifas e taxas propiciada pelo Sicoob aos seus usuários no mesmo período, além dos mais de R$ 4,2 bilhões de excedentes acumulados.

O diretor de Coordenação Sistêmica, Sustentabilidade e Relações Institucionais do Sicoob, Ênio Meinen, afirmou que os resultados compartilhados com os cooperados fortalecem as comunidades onde residem e empreendem.

“A distribuição direta de parte relevante dos resultados, benefício adicional à significativa economia auferida durante o ano pelos associados em decorrência da diferença de preços nos produtos e serviços cooperativos, é mais do que uma prática eventual, é um compromisso associado à essência do cooperativismo financeiro. Ao compartilhar os frutos econômicos de nosso trabalho coletivo, fortalecemos os cooperados e, por extensão, as comunidades onde residem e empreendem”, disse.

Justiça financeira

O diretor ainda disse que uma parcela dos resultados financeiros, não rateada individualmente entre cooperados, é utilizada para fortalecer a estrutura de capital da cooperativa – fundamental para os investimentos, ampliação de limites operacionais e expansão do empreendimento. Esses recursos também ampliam programas de capacitação, assistência técnica e projetos sociais nas localidades atendidas.

“Todo o excedente econômico acaba beneficiando, ainda que indiretamente, os cooperados e os territórios assistidos pelas cooperativas”, afirmou.

Meinen disse que o compartilhamento dos resultados financeiros é uma forma de promoção de justiça financeira e de auxílio no desenvolvimento local. Essa abordagem também está alinhada ao sétimo princípio cooperativista, que enfatiza o compromisso com o bem-estar da comunidade, disse o diretor.

“Tão importante quanto isso é assegurar aos cooperados a ampla participação no processo de tomada de decisões. Não há ninguém melhor do que os próprios membros para definir o que é mais relevante para eles e para as suas respectivas regiões”, afirmou.

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