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Shiller defende moeda digital (mas não bitcoins)

Prêmio Nobel de Economia defende criação de unidades de medida virtuais que poderiam ser comercializadas em sites como o PayPal

Robert Shiller, professor de Yale e vencedor do Nobel de Economia em 2013 (Divulgação Forum Econômico Mundial/Wikimedia Commons)

João Pedro Caleiro

Publicado em 2 de março de 2014 às 17h39.

São Paulo - Robert Shiller não é muito fã da ascensão das bitcoins , que ele considera uma grande bolha especulativa.

No entanto, o prêmio Nobel de Economia vê muito potencial em outras formas de moedas digitais.

Em um artigo no New York Times, ele argumenta que as bitcoins se propõe a resolver um problema que não existe, já que o dinheiro ainda funciona muito bem como meio de troca e reserva de valor.

Shiller acha que seria mais interessante focar em outra das funções do dinheiro: servir como unidade de medida.

Ele cita o caso do Chile , que tem desde os anos 60 uma unidade chamada U.F., que acompanha a inflação e é semelhante à URV, adotada no Brasil logo antes do Plano Real.

Não há notas de UF circulando no país, mas os preços podem ser definidos com base nela, e um site dá diariamente a taxa de câmbio em pesos.

Ele sugere que em um mercado eletrônico, poderíamos adotar versões digitais da U.F., com valores que acompanhariam o preço de uma determinada cesta de produtos, ou de vários tipos de cestas de produtos.

Com o uso de companhias como PayPal, poderia ser possível converter automaticamente o valor destas cestas de produto nas moedas locais.

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São Paulo - Robert Shiller não é muito fã da ascensão das bitcoins , que ele considera uma grande bolha especulativa.

No entanto, o prêmio Nobel de Economia vê muito potencial em outras formas de moedas digitais.

Em um artigo no New York Times, ele argumenta que as bitcoins se propõe a resolver um problema que não existe, já que o dinheiro ainda funciona muito bem como meio de troca e reserva de valor.

Shiller acha que seria mais interessante focar em outra das funções do dinheiro: servir como unidade de medida.

Ele cita o caso do Chile , que tem desde os anos 60 uma unidade chamada U.F., que acompanha a inflação e é semelhante à URV, adotada no Brasil logo antes do Plano Real.

Não há notas de UF circulando no país, mas os preços podem ser definidos com base nela, e um site dá diariamente a taxa de câmbio em pesos.

Ele sugere que em um mercado eletrônico, poderíamos adotar versões digitais da U.F., com valores que acompanhariam o preço de uma determinada cesta de produtos, ou de vários tipos de cestas de produtos.

Com o uso de companhias como PayPal, poderia ser possível converter automaticamente o valor destas cestas de produto nas moedas locais.

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