Economia

Setor se suínos e aves tem 78 unidades paradas por greve de caminhoneiros

A Associação Brasileira de Proteína Animal já calcula perdas de 70 milhões de dólares com exportações não realizadas.

Greve: Sem acordo com o governo nesta quarta-feira, os caminhoneiros decidiram continuar os protestos na quinta-feira. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Greve: Sem acordo com o governo nesta quarta-feira, os caminhoneiros decidiram continuar os protestos na quinta-feira. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2018 às 17h10.

São Paulo - O total de unidades produtoras de carnes suína e de aves paradas em decorrência dos protestos dos caminhoneiros subiu para 78 nesta quarta-feira e pode ir a 112 na quinta com a continuidade da greve, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que já calcula perdas de 70 milhões de dólares com exportações não realizadas.

"Está ficando bastante complicado com relação à greve, pois já há uma série de plantas fechadas. Já temos 78 plantas fechadas, o que equivale a mais de 85 mil trabalhadores", afirmou à Reuters o diretor de Mercados da ABPA, Ricardo Santin, acrescentando que essa quantidade de unidades equivale a cerca de 60 por cento da capacidade nacional de abate.

"E os outros que estão funcionando estão com capacidade reduzida."

Na véspera, a ABPA contabilizava oito plantas com atividades suspensas.

Nesta quinta-feira, algumas cooperativas do Paraná e a gigante de alimentos BRF comunicaram a interrupção dos trabalhos em algumas plantas, seguindo o anúncio feito na terça pela Aurora.

Caminhoneiros estão desde segunda-feira realizando protestos em diversas vias e portos do país contra a alta do diesel. As manifestações prejudicam o transporte de animais e insumos até os frigoríficos, bem como os embarques de carnes para exportação.

Segundo Santin, 50 mil toneladas deixaram de ser exportadas nos últimos três dias por causa dos protestos, acarretando em perda de 70 milhões de dólares.

Conforme o diretor da ABPA, a normalização das operações pode demorar até 40 dias, dependendo da unidade.

"Fala-se que após um atraso desses, de três dias, para normalizar a planta e girar como era antes da greve, pode levar 40 dias... O problema maior que tem por ora é ter desabastecimento nos pequenos mercados", afirmou Santin.

Sem acordo com o governo nesta quarta-feira, os caminhoneiros decidiram continuar os protestos na quinta-feira.

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