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Setor público tem déficit primário de R$909 mi em novembro

Em novembro, a dívida líquida foi a 51,1% do Produto Interno Bruto (PIB)

Dinheiro: a dívida bruta ficou em 74,4% do PIB (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
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Reuters

Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 10h56.

Última atualização em 28 de dezembro de 2017 às 11h42.

São Paulo - O setor público consolidado brasileiro teve déficit primário de 909 milhões de reais em novembro, no quinto mês consecutivo com resultado melhor do que o esperado, divulgou o Banco Central nesta quinta-feira.

A estimativa em pesquisa da Reuters com analistas era de um saldo negativo de 10 bilhões de reais no mês. Os dados do governo superam as estimativas do mercado desde julho.

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O rombo primário em 12 meses passou a 2,29 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), um recuo ante os 2,88 por cento de outubro.

No mês, o governo central (governo federal, BC e Previdência) apresentou déficit de 366 milhões de reais, bem menor que o rombo de 39,876 bilhões de reais de igual período de 2016.

Na terça-feira, o Tesouro Nacional, que calcula o mesmo dado com outra metodologia, já havia destacado a ajuda no mês de recursos extras do Refis, programa de renegociação tributária, além de efeito calendário positivo pela normalização do pagamentos de precatórios.

Por sua vez, os governos regionais (Estados e municípios) tiveram saldo negativo de 787 milhões de reais em novembro, ao passo que as empresas estatais apresentaram superávit de 245 milhões de reais.

Entre janeiro e novembro, o rombo do setor público consolidado chegou a 78,261 bilhões de reais, contra o déficit de 85,053 bilhões de reais em igual período do ano passado. Em 12 meses, o déficit passou a 148,999 bilhões de reais, equivalente a 2,29 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Para o ano, a meta para o setor público é de um déficit de 163,1 bilhões de reais, que inclui rombo de 159 bilhões de reais do governo central, de 3 bilhões de estatais federais e de 1,1 bilhão de reais de Estados e municípios.

Em novembro, a dívida líquida passou a 51,1 por cento do PIB, abaixo da projeção de analistas de 51,3 por cento.

Já a dívida bruta ficou em 74,4 por cento do PIB, contra expectativa de 74,7 por cento.

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