Economia

Setor privado da Alemanha encolhe pelo quarto mês seguido

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto do instituto Markit, que mede tanto a atividade no setor de serviços como no manufatureiro, caiu para 47,0 em agosto


	Berlim: a Alemanha está sentindo os obstáculos vindos da crise da zona do euro
 (Getty Images)

Berlim: a Alemanha está sentindo os obstáculos vindos da crise da zona do euro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 08h59.

Berlim - O setor privado da Alemanha encolheu pelo quarto mês consecutivo em agosto, sugerindo que o motor da economia europeia está sentindo os obstáculos vindos da crise da zona do euro, ao passo que as encomendas do exterior por seus produtos caíram na taxa mais rápida em mais de três anos.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto do instituto Markit, que mede tanto a atividade no setor de serviços como no manufatureiro, caiu para 47,0 em agosto, de acordo com a preliminar divulgada nesta quinta-feira, abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração e que foi cruzada em maio.

Isso levou o índice para o menor nível em 38 meses, atingido no começo de 2009 quando a Alemanha, a maior economia da Europa, lutava contra o ápice da crise financeira global, e veio com o setor de serviços tendo contração novamente.

Tanto o índice do setor manufatureiro quanto o de serviços estão novamente em território de contração, e Rob Dobson, do Markit, disse que isso não é um bom presságio para o bloco monetário como um todo.

"O que as pessoas estavam esperando é que o fortalecimento contínuo da economia alemã ajudaria o crescimento e a recuperação na economia da zona do euro. Dados esses números, parece que tais expectativas sofreram um golpe", afirmou Dobson.

"O que nós temos visto em grande parte de 2012 é que as condições na Alemanha e na França estão, do ponto de vista mais positivo, estáveis, e em muitos casos enfraquecendo ao passo que chegamos à metade do ano", disse Dobson.

O índice do setor industrial subiu para 45,1 em agosto ante 43,0, mas continuou em contração pelo sexto mês seguido. As encomendas de exportação caíram para 39,5, a maior taxa de queda desde abril de 2009.

O PMI do setor de serviços, depois de ter superado a marca de 50 em julho, recuou para 48,3 em agosto. O índice também havia contraído em junho.

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