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Setor de serviços do Brasil sofre tombo recorde em março, mostra PMI
Índice de Gerentes de Compras mostra que houve cancelamento de encomendas e fechamentos de empresas devido ao coronavírus
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Restaurante fechado em São Paulo: setor enfrentou ainda em março forte aumento nos custos, embora a taxa de inflação de insumos tenha sido a mais fraca desde novembro (Germano Lüders/Exame)
Publicado em 3 de abril de 2020 às, 10h44.
A atividade do setor de serviços do Brasil despencou em março, sofrendo o maior tombo desde o início da pesquisa 13 anos atrás, em um retrocesso atribuído quase que exclusivamente ao fechamento de empresas e à redução da demanda do consumidor devido às medidas adotadas para contenção do coronavírus, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) nesta sexta-feira.
O IHS Markit informou que o PMI de serviços do país desabou a 34,5 em março, de 50,4 no mês anterior, apontando a maior contração do setor nos 13 anos de história da pesquisa.
Em março, houve cancelamento de encomendas e fechamentos de empresas, combinação que resultou no maior declínio de novos trabalhos desde o início da pesquisa, em março de 2007.
As vendas para exportação também contraíram a um ritmo rápido que superou a queda no volume total de novos negócios, em meio ainda ao fechamento de fronteiras internacionais em resposta à pandemia.
"Os dados de março ilustram que o fechamento de empresas, cancelamento de encomendas e recuo da demanda do consumidor em meio à emergência de saúde pública do Covid-19 se traduziram em uma rápida queda na produção do setor de serviços", disse em nota o diretor de economia do IHS Markit, Tim Moore.
Com esse cenário, os fornecedores de serviços registraram queda no número de empregos e no ritmo mais forte desde outubro de 2016, diante da necessidade de reduzir os gastos operacionais.
O setor enfrentou ainda em março forte aumento nos custos, embora a taxa de inflação de insumos tenha sido a mais fraca desde novembro. O dólar forte e o aumento nos preços de itens importados foram considerados os principais responsáveis.
Assim os preços cobrados tiveram o maior aumento em três meses, com os entrevistados citando a necessidade de repasse dos custos, embora algumas empresas tenham sugerido que descontos foram oferecidos para ajudar a mitigar a queda da demanda.
O futuro é incerto, com a as expectativas mais fracas desde que a pesquisa começou em 2007, diante de preocupações de que a economia doméstica levará um longo tempo para se recuperar do choque provocado pelo coronavírus.
A contração recorde no PMI de serviços levou o PMI Composto do Brasil a despencar para 37,6 em março, de 50,9 em fevereiro, também o menor nível em 13 anos. A indústria também contraiu no mês, mas a um ritmo mais modesto.