Economia

Setor de serviços alemão tem menor crescimento em seis meses

Novas encomendas e pedidos em atraso caíram, indicando que a crise da dívida da Europa está começando a impactar a maior economia da região

A economia da Alemanha tem, até agora, desafiado a crise da dívida da zona do euro, ao crescer 0,5% durante o primeiro trimestre de 2012r (Miguel Villagran/Getty Images)

A economia da Alemanha tem, até agora, desafiado a crise da dívida da zona do euro, ao crescer 0,5% durante o primeiro trimestre de 2012r (Miguel Villagran/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2012 às 08h08.

Berlim - O setor de serviços da Alemanha cresceu no ritmo mais lento em seis meses em maio, mais devagar do que o originalmente estimado, uma vez que novas encomendas e pedidos em atraso caíram, indicando que a crise da dívida da Europa está começando a impactar a maior economia da região.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do instituto Markit caiu para 51,8 em maio ante 52,2 em abril, acima do nível de 50 que separa crescimento de contração, mas abaixo da estimativa preliminar de 52,2 e a menor leitura desde novembro de 2011, de acordo com dados finais.

Os fornecedores de serviços não conseguiram compensar a mais forte contração no setor manufatureiro em quase três anos, resultando no encolhimento do setor privado como um todo pela primeira vez em seis meses.

O PMI composto, que combina as leituras do setor de serviços e de produção manufatureira, caiu para um número final de 49,3 ante 50,5 em abril, abaixo da estimativa inicial de 49,6.

"Os dados de maio apontam para uma desaceleração renovada no crescimento do setor de serviços alemão, à medida que níveis em queda da chegada de novos trabalhos continuaram pesando sobre a atividade empresarial", informou o Markit em comunicado.

"O ritmo de expansão em maio ficou abaixo da média vista desde que a pesquisa começou 15 anos atrás."

A economia da Alemanha tem, até agora, desafiado a crise da dívida da zona do euro, ao crescer 0,5 por cento durante o primeiro trimestre de 2012 após um fraco trimestre no final do ano passado, evitando que o bloco monetário caísse em recessão.

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