Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), defendeu hoje (20) uma parceria com a iniciativa privada para administrar o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, conhecido como Galeão.

Cabral criticou o volume de recursos anunciados pela Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para as melhorias no aeroporto. "A cidade que vai ser sede da Copa do Mundo, de uma das chaves, sede da mídia da Copa do Mundo, sede da final da Copa do Mundo, sede da Fifa [Federação Internacional de Futebol] e sede das Olimpíadas, receber menos de R$ 500 milhões dos R$ 5 bilhões [previstos para obras em aeroportos de todo o país] só pode ser deboche da Infraero", afirmou.

A crítica foi feita antes da reunião com a delegação do Comitê Olímpico Internacional (COI), que está na capital fluminense desde a última terça-feira para avaliar as instalações da cidade para os Jogos Olímpicos de 2016.

O governador lembrou que o Rio é o maior destino turístico internacional e nacional do Brasil e que, apesar disso, mantém um aeroporto que ele considerou de “quinta categoria”. Segundo ele, o valor está aquém do que o aeroporto precisaria para atender o público esperado para os grandes eventos planejados até 2016.

"Temos que exigir daqui até 2016 pelo menos R$ 800 a R$ 900 milhões no aeroporto para ele ficar decente, correto e arrumado e ficar aeroporto com o tamanho que o Rio de Janeiro merece. Eu defendo a tese de Parceria Público-Privada como acontece na maioria dos países do mundo. Não tem sentindo essa história de a Infraero continuar administrando o aeroporto do Rio de Janeiro", defendeu Cabral.

Cabral disse que os aeroportos do Rio são sua maior preocupação e que está tranquilo em relação às obras para os Jogos Olímpicos de 2016.